Lindsay Lohan |
No início, o medo. O não querer acreditar que iria mesmo ter que atravessar aquele caminho. Eram pedras, obstáculos, lamaçais, pântanos e escuridão.
Depois dei por mim envolta em fúria, a revolta de quem não é ouvido. À flor da pele, a angústia de não ser lembrada. Cá dentro, tudo em chamas. A sanidade quase ida. E uma anestesia, de vez em quando.
Tentei atravessar o deserto equilibrando na cabeça o mundo inteiro. Desfez-se o chão.
Quando pensei que não aguentava mais, levantei-me e esforcei-me mais um bocado, que há sempre força em nós para lá do que supomos. De pé, com as pernas trémulas, decidi focar-me nos meus objectivos, na esperança de um futuro que nunca mais chega, enquanto remendava o vestidinho de criança que fora rasgado pelos lobos. Fiz quase tudo o que queria. Corri cansada, gemi, dei o litro. E quando cheguei à meta, caí. E não me apetece levantar. Não me apetece sair daqui. O frio do chão duro sabe bem. As pedras não magoam, porque tudo é ferida, tudo dói. Não tenho energias para me chatear mais. Já não quero chorar. Não consigo. Só quero adormecer.
4 comentários:
=) *
Ai Lamparina, que palavras... Espero que a energia e o tempo para ti volte bem depressa para não te sentires mais assim. Bj gd
um beijinho **
Buzz :*
Uma seca, Fiona. Mal posso esperar pela passagem do tempo! :/ Obrigada, beiju*
Outro, Palco do tempo*
Beijinhos*
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