Dulcolax ou Imodium.

Lea Michele

São coisas que a mim, pessoalmente, não me interessam. Nunca hei-de perceber o entusiasmo com que algumas mulheres falam do seu cocó. A partir de uma determinada idade, é vê-las comentar os seus excrementos, partilhando a maior ou menor dificuldade com que os expelem. Vão ao pormenor, sem qualquer tipo de pudores, como se estivessem a divagar sobre a mais fácil maneira de confeccionar um Pão de Ló. Como se não estivessem a expor toda a sua intimidade, como se o assunto não aludisse a dejectos numa retrete. Contam tudo: que a prisão de ventre só lhes permite defecar uma vez por semana, que andam inchadas, que não podem comer bananas; que andaram com uma diarreia horrível, que as prendeu à sanita, onde, aliás, passaram a noite, tal a violência dos jactos; que o troço de matéria fecal sólida expelido logo pela manhãzinha tinha dimensões extraordinárias... e por aí fora. Bom, tudo isto porque eu só queria mesmo explicar que quando não respondo a estímulos destes é mesmo porque me sujeitaram a um momento confrangedor, pelo que não terei vontade de continuar a conversa. Não gosto de conversas de merda, ok?