sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Nasceu.

Nasceu. Saiu de dentro da minha amiga para respirar sozinho cá fora. Ela tornou-se mãe. Ele passou a ser pai. Aquele bebé tão bonito fez-me chorar descontroladamente - a emoção das coisas importantes da vida desarma-me. A coragem de quem avança para uma responsabilidade tão imensa, também. A fragilidade daquele novo ser humaninho comove-me. A força da mãe, admiro-a. 

Aquele bebé nasceu num mundo louco mas ainda era barriga e já estava rodeado de amor, cheio de gente a querer mimá-lo. E que menino tão bonito. Os recém-nascidos não me costumam parecer belos, longe disso. Aquele é mesmo bonito. Inegável a quantidade de doçura por centímetro cúbico. E eu fico assim, uma tia babada, de coração cheio pelo privilégio de fazer parte deste fôlego de esperança que as novas vidas trazem.

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