Não gosto dessa trampa de processo de engate que inclui meia dúzia de likes no Facebook, umas mensagenzecas, um encontro para um café e pumbas! - faz-se Chocapic! [vamos substituir aqui a expressão pinar por Chocapic, pode ser? Isto é um blog familiar e os meus pais até passam aqui de vez em quando, sabem como é...]
Se é assim que se fazem agora as coisas, paciência. Não faz o meu tipo e eu não faço géneros. Sou dessas antiquadas que gosta do romance, de se sentir especial e única aos olhos do outro. É que as abordagens nem como elogio me servem, porque uma gaja não é parva e está fartinha de saber que não é a exclusiva receptora de todo esse spam. É que eles atiram em todas as direcções, o que vier à rede é peixe. Sem vergonha nenhuma na cara, sem sequer pensar que nós vamos ver os likes ou os comentários nas fotos das outras.
Na verdade, ser mais uma até me deixa pouco confortável. Eu explico: cá entre nós, não percebo com que lata é que gente desse estilo ousa meter conversa com uma pessoa como eu. Não deviam sequer atrever-se. Deviam ter medo. Não sendo nenhuma estampa, serei certamente demasiada areia para os seus camiõezinhos.
E a insistência, senhores? Nem Jó teria tanta pachorra. «Mas não vou desistir. Não me leves a mal. Quero mesmo conhecer-te. Não vou desistir.» Há uma grande diferença entre perseverança e surdez (ou analfabetismo, no caso do chat do Facebook).
Bom, por fim, tenho a dizer que gosto mais de receber flores a sério, verdadeiras e com cheiro, do que imagenzinhas parolas acompanhadas do adjectivo «linda». E que só gosto que me chamem linda se me dedicarem a musiquinha do Caetano, que é batida mas também um clássico adorável.
Blair Waldorf |
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