terça-feira, 25 de novembro de 2014

Este texto fez-me lembrar de uma música dos Abba.

Jennifer Aniston
Falar de dinheiro é sempre de mau tom. É uma questão de educação. É básico.
Contudo, se para mim é um dado adquirido que é indelicado falar sobre dinheiro, há quem não tenha essa sensibilidade. É simples: ao tocar nesse assunto, podem ferir-se susceptibilidades. O valor do dinheiro é tão relativo que o que para mim é pouco, para ti pode ser muito ou vice-versa. Além disso, entramos numa esfera demasiado pessoal e sinto-me invadida na minha privacidade quando se toca no assunto.
Deve ser por causa disso que detesto que me perguntem quanto ganho. Ninguém tem que saber o valor do meu ordenado, olha agora! Por norma, respondo que ganho menos do que gostaria e mais do que mereço ou até que ganho demasiado para o trabalho que me dá escrever.
É que quando se fala nisso, pode facilmente soar a gabarolice ou até a soberba, tal como pode revelar pobreza e suscitar pena.
Já conheci quem fosse discriminado por ter pouco e quem fosse discriminado por ter demasiado [mas este termo aplica-se ao dinheiro? Nunca se tem demasiado dinheiro!], mas tenho para mim que o meu avô continua certo, mesmo já não estando cá: quem é rei nunca perde a majestade.

Esta música dos Abba.

1 comentário:

Joana disse...

É uma boa resposta. Sinceramente nem entendo como alguém se atreve a fazer uma pergunta do género.