quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Que maçada.

Não tenho pachorra para gente deslumbrada. Há quem diga que se procurarmos snob no dicionário, é dado o meu nome como sinónimo. Eu acho que me identifico mais com o termo blasé, porque ao snob associo um complexo de superioridade que não faz parte de mim... enquanto que a indiferença por tudo o que possa ser novidade, impressionante ou chocante transborda naturalmente e mal consigo disfarçá-la - só para agradar o interlocutor, como já o disse.

Até por uma questão de educação, só me parece aceitável deixar essa atitude de lado e ceder ao estado boquiaberto se, por exemplo:
1. ganhar o Euromilhões,
2. a Renée Zellweger mudar de cara,
3. nos cruzarmos na rua com o Lenny Kravitz e ele simpatizar tanto connosco que nos faz um convite para jantar,
4. um tio que não conhecia tiver morrido e deixado uma herança absurda só para mim,
5. encontrar uns Louboutin do seu tamanho perdidos e abandonados perto de casa,
6. sobreviver a um acidente trágico,
7. descobrirem a cura para o cancro,
8. arranjarem forma de comermos tudo o que quisermos sem engordar,
9. a ZARA decidir vender tudo a cinco euros,
10. de um momento para o outro, tudo o que desejamos se concretiza.

Sou assim, nada me admira, tudo me desinteressa e entedia, a maior parte das coisas que impressiona o mundo aborrece-me, mas acho menos desagradável esta discrição que a excitação constante a propósito de nadas. E pior, irrita-me quando me deparo com pessoas deslumbradas, que parecem não perceber que nobody cares e espalham por aí todos os seus mínimos feitos, entupindo os ouvidos de toda a gente com seu curriculozinho, num acto de auto-propaganda constante.

Pronto, disse.

Lauren Conrad

3 comentários:

Unknown disse...

Identifiquei-me tanto com este post! E esse gif é a cara que eu faço várias vezes ao dia ahah

Imperatriz Sissi disse...

Duas. Viva o nonchalant, o blase, o couldn´t care less.

Euphoria disse...

Muito bom!