Trend hunter, of course.

Natasha Poly

Tenho jeito para antecipar tendências. Um sexto sentido. É como uma premonição, fruto de um instinto plenamente intuitivo. Um exemplo? Dois anos antes do lançamento das clogs Chanel, que creio ter sido em 2010 e que marcou o boom das socas, passei por uma montra onde estavam uns tamancos de salto alto amorosos e quis entrar na loja. Na altura, responderam-me que estava louca, que horror, que aquilo era sapato de peixeira e que eu só podia estar a precisar de descansar. Claro. No ano seguinte, andava tudo de soca no pé. Acabei por não comprar nenhumas. Também me recordo de experimentar uns mocassins de salto alto, perante o olhar aterrorizado do namorado. Já viram os sapatinhos YSL desta estação? E o regresso dos stilettos básicos, que tirei do fundo do armário antes de ver a Kate Moss exibindo-os orgulhosamente com umas skinny jeans?
Já me aconteceu tantas vezes apaixonar-me por algo que ainda não tinha sido notado e tornado mainstream que as minhas pessoas mais chegadas já acreditam em mim quando digo que um determinado padrão, uma cor específica, um modelo qualquer de sapatos ou uma silhueta vão andar na berra nos próximos tempos.
Numa tentativa de pôr à prova este meu faro, pediram-me na passada semana que adivinhasse quais as cores que sobressairiam na Primavera/Verão do próximo ano. Respondi prontamente que os verdes das pedras preciosas e os azuis deveriam ser protagonistas, apesar dos clássicos preto e branco continuarem em alta, bem como certas tendências que demoram a abandonar-nos, como o néon. Alguns dias depois, descobri estas imagens na net: