segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Aviso.

Ao primeiro contacto, ninguém simpatiza comigo. É normal. Estou habituada a isso. É recorrente. Os outros acham-me sempre arrogante. Não espero que todo o ser humano seja dotado de uma inteligência emocional suficientemente elevada para que descubra o que se esconde por detrás dessa fachada com que me protejo. É simples: também sou uma pessoa. Sou mais tímida do que aparento ser, tenho inseguranças como quem me julga superior só porque o meu nariz tende a apontar para o céu, só porque o meu queixo não aponta para o chão.
Aconteceu inclusivamente com aquelas que hoje são as minhas melhores amigas. Aconteceu com as pessoas que tenho como pilares da minha existência. Acontece frequentemente e eu não me esforço para mudar isso porque pura e simplesmente não me incomoda - até me dá jeito. Afasta quem não interessa. Protege-me.

Outra particularidade em mim é o facto de incomodar muita gente. Tudo em mim é comentável: o cabelo, o seu tamanho e a cor; a cara, se é bonita, se é feia, se está maquilhada ou não; o estado de espírito, se estou alegre ou se estive a chorar; a roupa, se é gira, cara, barata, vistosa, simples, se fica mal, se fica bem; os sapatos, que são horríveis, que são lindos, que são de salto alto, que são rasos; o corpo, se é gorda, se está magra; o namorado, se tem ou não tem, quem é, porque é ele e como o arranjou, se estão bem, se vai durar ou não, se vão casar; o trabalho, se ela é boa naquilo que faz irrita as pessoas, será que falha, quem dera que não fosse boa profissional... enfim, podia continuar a dissertar sobre como não sou indiferente à população em geral, mas acho que já perceberam o que quero dizer. Acontece frequentemente e eu não me esforço para mudar tudo isso porque pura e simplesmente não me afecta. Cansa-me, apenas. Mas não passa disso.

O que me pode fazer querer confrontar os outros, os medíocres, os que falam sem conhecimento de causa, é a difamação pura ou a opinião sem legitimidade. Isso, por norma, não admito. Porque espero dos outros a minha postura, mesmo sabendo que isso é errado.
No entanto, nem sempre se justifica que me dê ao trabalho de descer dos meus saltos para colocar alguém no seu lugar. Principalmente quando esse alguém não é ninguém para mim porque não existe no meu mundo.

Houve alguém que se sentou na mesa que partilho com os meus amigos, que não tentou sequer ser educado, que não foi ostracizado nem marginalizado, mas que não soube ser digno de ser acolhido como é habitual posso gabar-me disso entre nós. Alguém que me deu suma importância e que sem nunca ter falado comigo, já ousava tecer comentários depreciativos a meu respeito na presença de amigos meus. Nunca manifestei o meu desagrado perante tais comportamentos, nunca quis levantar ondas, percebem? Achei que o tempo traria a razão ao de cima e não quis saber do assunto.
Sabem, da única vez que realmente falámos, foi para que eu ouvisse as suas lamúrias, os seus problemas e as suas dores. Se eu fosse tão má pessoa como esse ninguém me pintou, provavelmente não teria feito mais que ignorar - que me interessa se quem fala mal de mim sofre, certo?
O ódio por mim foi crescendo e o ninguém, porque não deve ser dotado de grande inteligência, decidiu dar início a um jogo de que sairá, certamente, perdedor. E digo que não deve ser dotado de grande inteligência porque:
1 - Decidiu difamar-me junto de amigos meus. (Claro que eu fiquei a saber de tudo.)
2 - Decidiu difamar-me estando cheio de telhados de vidro. (Ai se eu ponho a boca no trombone!)

Conto-vos esta história para que percebam o porquê de ter activado a moderação de comentários no lamparina. Infelizmente, tenho que ter cuidado para não expor os meus queridos leitores ao baixo nível, ao vocabulário taberneiro de que fazem uso na inútil tentativa de me ofender.

Quanto ao ninguém, não se preocupem. Apesar das pseudo ameaças de facadas e do ódio de morte que me tem, posso avançar que tão cedo não terei notícias dele. Por culpa dele, que eu cá não mexi um dedo para o afastar do sítio onde podia ter sido feliz.
Quanto a mim, tenho ali um altifalante para montar no meu carro, que dava um jeitaço para ir contar da sua vida obscura e não assumida pelas ruas da sua aldeia. Tenho amigos advogados. Tenho um namorado, um pai e uma legião de gente que amo e que me ama, prontos a fazer o que for preciso só para que não me roubem a paz.

Fica o aviso.

5 comentários:

Anónimo disse...

Essa pessoa é frustrada...É uma rapariga? Se for gaja é inveja, agora se for gajo é porque algum dia teve interesse em ti e não lhe deste bola. Será? Ai odeio gente dessa grrrr. Vi-me bem retratada nesse texto. Sei bem pelo que passas. Isto deve-se mesmo ao facto da maioria das pessoas serem umas frustradas e ocas de personalidade. Falam mal dos outros, para serem ouvidas, pois ninguém lhes liga.

Beijinhoooos e caga nessa pessoa!

Lady Lamp disse...

É um gajo. E garanto-te que não teve interesse em mim...

Não compreendo, mas lamento que pessoas de quem gosto muito se tenham desiludido com a personagem.

Já caguei! :D

:*

Tamborim Zim disse...

E tens a PJ e mais o repelente de insectos.

Quando criei este meu blog, ainda bebé, nem hesitei: moderação de comentários sempre. Mais que não fosse, por todas as más experiências contadas pelos bloggers que leio há tempos, nos seus próprios blogs.

Isto aqui não é a "boca livre" (noutro sentido):)

Sofia Araújo disse...

Como te entendo... Ás vezes é difícil viver em sociedade por causa de peças que aparecem...

Lady Lamp disse...

ahahahah o repelente de insectos é maravilhoso!
Tamborim Zim, eu tendo a acreditar que as pessoas são dotadas de bom senso e que não foram privadas de uma boa educação.

É claro que vejo blogs como o da Pipoca Mais Doce, em que muita gente, apesar de deixar bem claro o seu desagrado não só relativamente à autora, mas também aos conteúdos, continua a fazer crescer o número de visitas e a entupir a caixa de comentários com uma agressividade grotesca e incompreensível.

No entanto, apesar de conhecer essa realidade, nunca esperei que acontecimentos similares tivessem lugar aqui. Acima de tudo, pela dimensão do lamparina. Erro meu...

Sabes, Malas e Sapatitos, acho que viver em sociedade só é difícil porque há pessoas pouco inteligentes a habitar neste planeta.

A inteligência (cognitiva e emocional) traduz-se, por norma, em tacto, perspicácia e educação. E todos nós temos tendência a esperar dos outros os mesmos princípios com que regemos a nossa própria conduta.

Enfim... Espero que a história tenha acabado com o ponto final deste post.

Beijinhos*