terça-feira, 28 de junho de 2011

Tive saudades dela bebé.

Coco Rocha
Ela está naquela fase difícil da adolescência, em que o bom é excelente e dali a cinco minutos, o mau é mais que péssimo. A vida é um turbilhão de emoções e cada novo acontecimento pode despoletar um amuo, um súbito mau humor ou uma felicidade extrema. Ela sabe-o, ela sente-o, mas ela não o controla. Não se controla. Que a febre dos quinze anos é mesmo assim. Tudo cru, acre, duro. Não há lágrimas suficientes para lavar a alma nem abraços meus suficientes para a acalmar. É assim mesmo, bem sei. Lembro-me de ser assim. Mas pudesse eu matar cada uma das suas contrariedades e a sua vida seria bem mais fácil. Porque apesar de conhecer todo o ímpeto da sua força, maior que a minha, mais pragmática e real que a minha, gostaria que ela não tivesse de a usar. Crescer não é sempre fácil. Vê-la crescer também não.

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