sexta-feira, 10 de junho de 2011

Parabéns, Meu Amor*

Nem acredito que já passaram quinze anos desde o primeiro dia em que fomos apresentadas. Já te sabia como minha irmã, sem saber o que isso significaria. É muito mais do que alguém fora de mim possa compreender. É ter uma gémea com uma década de atraso. É saber que haja o que houver, o porto de abrigo estará sempre ao meu alcance. É sê-lo para ti, querer que sejas mais feliz do que algum dia serei, desejar que aproveites cada dia como eu nunca aproveitei. É mais que bem querer, é mais que amor incondicional. Não sei se algum dia compreenderás como te acho linda, não sei se alguma vez perceberás como é possível admirar tanto uma menina tão mais nova que eu. Sinto o coração transbordar, querer sair de cá de dentro, quando me lembro de tudo o que és. O meu amor, a minha menina, sempre a minha bebé. És, sempre foste, a única pessoa por quem daria a vida sem temor. E é mesmo verdade: se tivesse que escolher entre a minha felicidade e a tua, choraria cada lágrima com um sorriso na alma, por te saber bem. E é por isso, por esse sentimento tão amplo como profundo, que faço o que puder para ver o teu, o teu sorriso, que tu sorris com os lábios e com esses olhos lindos, os mais lindos do mundo.
A partir daqui, Mana Lamparina, a vida acelera um bocadinho. Olha para mim, que ainda ontem comemorava os meus quinze aninhos. Foi num ápice que aqui cheguei. Brinca, brinca muito, ri, pula, dança, respira fundo. Decide cada passo com ponderação, coerência, respeito por ti. Vê-te com amor, olha-te no espelho com compreensão, critica-te com carinho. Não hesites, avança. Não te prendas, voa. Não tenhas medo, vou estar sempre aqui. E Ele também.
Promete-me que vamos ser sempre assim, manicas.
Amo-te. Meu orgulho. Minha menina.
Parabéns.

*repara na hora em que este post foi publicado. É a mesma hora. Há exactamente quinze anos, respiraste por ti pela primeira vez, tiveste contacto com este mundo louco, começaste a fazer parte da estatística.

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