quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Da morte nos telemóveis.

Elisa Sednaoui
Do meu telemóvel não consigo apagar os números de quem já partiu, mesmo sabendo que me vai doer ser constantemente confrontada com o nome e, consequentemente, com o aperto no peito que a sua morte me causa. Da mesma forma, não consigo apagar da agenda do telemóvel os alarmes para os aniversários desses que fizeram parte da minha vida e que nem o facto de não lhes poder tocar fez com que deixem de ser uma presença constante. E hoje, quando o alarme tocou, eu já sabia. Parabéns, vô.

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