sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não gosto de gadgets, mas amo o meu telemóvel.

Claudia Schiffer
Ele é já uma extensão do meu corpo. É por ele que me ligo ao mundo, e é por ele que me ligo ao meu mundo. Não é um vício, é uma necessidade.
Sem telemóvel, não poderia dizer-te como me sinto endurecer, que a vida nem sempre nos adoça a alma. Não é sempre fácil, fazer o caminho cansa, principalmente quando não sabemos bem para onde vamos. O que ando a fazer, só mais tarde vou descobrir, que cada passo é dado depois do outro - às vezes sem mapa, às vezes sem bússola. Subi montanhas e criei abismos entre os que me valeram de algo um dia. Quebrei correntes que me prendiam a um chão que não o meu. Fugi de quem amei, corri para quem odiei e dei por mim meio perdida, que foi num ápice que tudo se deu. E confortável, mesmo sem as coordenadas. E quando parece que tenho o peso do planeta inteiro em cima das costas, posso pegar no telemóvel e deitar tudo cá para fora. Porque estás do lado de lá, perto, a duzentos quilómetros de mim.

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