sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

O que mudou com os 30?

Uma amiga comemorou o seu 30º aniversário e perguntou-me se tinha sentido mudanças desde que abandonei a segunda década de existência. Senti. Tantas que vale a pena enumerá-las:

Já não faço fretes.
Aprendi a dizer que não sem me desculpar.

Não quero saber do que pensam de mim. 
Descobri que não é problema meu.

Deixei de ter pressa.
Agora sei que a minha vontade não acelera a vida.

Gosto mais de mim e por isso preservo-me mais.
Não me exponho a situações, pessoas ou lugares que não me façam sentir bem.

Gosto mais do meu corpo.
Não me incomodam os defeitos que antes me deixavam insatisfeita.

Dou menos importância ao que não me faz feliz.
Dedico-me às coisas simples e que me fazem sorrir sem esforço.

Não perco tempo com aquilo que não me faz bem.
Estou cada vez melhor na arte de controlar os meus pensamentos e tento focar-me apenas em elementos positivos.

Passei a ser mais selectiva.
Em tudo: no que compro, nos trabalhos que aceito fazer, na forma como gasto o meu precioso tempo, nas pessoas com quem convivo e a quem me dou.

Faço retenção de líquidos à bruta.
O meu corpo parece uma esponja.

Gosto mais do meu sofá.
Cada vez mais. Uma noite de sofá, em casa, sabe muito melhor agora do que antigamente mas não estou idosa, continuo a adorar uma noitada à séria!.

Nego completamente o desconforto.
Nos sapatos, nas roupas, na vida.

Tenho mais dores de costas.
Preciso de massagens diárias.

A minha pele não reage da mesma maneira às agressões externas.
Depois de uma noitada, tenho que usar máscaras e fazer tratamentos como se não houvesse amanhã.

Estou ainda mais atenta à minha voz interior.
Agora sei que não vale a pena ignorar os meus instintos.

Tenho mais dores no corpo inteiro.
O reumatismo piorou, a ciática começa a dar de si e não consigo estar muitas horas de pé.

Sonho menos, tenho mais objectivos.
Tenho uma visão mais pragmática da vida e mesmo quando não sei exactamente o que quero, tenho plena noção do que não quero.

Deixo fluir.
Aprendi que o que tiver de acontecer, acontece, independentemente do meu querer, dos meus desejos, da minha opinião.

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