segunda-feira, 17 de novembro de 2014

50 perguntas sem resposta certa

Encontrei este questionário ali e partilhei-o no facebook. Além de ter achado piada, pareceu-me um óptimo exercício de reflexão pessoal.

1. Quantos anos terias, se não soubesses quantos anos tens?
Menos do que tenho agora, certamente. Seria uma jovem cheia de maturidade e estaria a chegar aos 25 e não aos 30.

2. O que é pior: falhar ou não tentar?
Não tentar.

3. Se a vida é tão curta, porque fazemos tantas coisas de que não gostamos e gostamos de tantas coisas que não fazemos?
Por acharmos, na nossa pequenez, que ainda teremos tempo para fazer tudo o que queremos fazer.

4. Quando está tudo dito e feito, será que se disse mais do que se fez?
Sim, infelizmente, sim.

5. Qual é a coisa que mais gostarias de fazer para mudar o Mundo?
Isto vai soar a Miss Universo, mas gostava mesmo de ter em mãos o poder de acabar com a fome e com o desperdício.

6. Se a felicidade fosse dinheiro, qual seria o trabalho que te deixaria rica?Ser escritora a tempo inteiro.

7. Estás a fazer o que acreditas ou estás a contentar-te com o que estás a fazer?
Estou a contentar-me com o que estou a fazer para me lançar em breve no desafio de fazer aquilo em que acredito.

8. Se a expectativa humana de vida fosse de 40 anos, viverias a tua vida de forma diferente?
Sim, teria ainda mais pressa, afinal só me faltariam 11 anos de vida.

9. Até que ponto controlaste realmente o curso da tua vida?
Sempre fui abençoada. É como se tivesse apenas de abrir as mãos para receber. Além disso, sou muito emotiva e pouco calculista, pelo que não faço sempre uso da racionalidade nos planos que vou fazendo. Estou agora a aprender a ser mais fria nas minhas decisões, para assumir com consciência o controle em certas áreas da minha vida.

10. A tua preocupação está mais virada para as fazer as coisas correctamente ou  para fazer as coisas certas?
Fazer as coisas correctamente sempre foi prioritário.

11. Estás a almoçar com três pessoas que admiras e respeitas. Todos começam a criticar um teu amigo íntimo, sem saber que é teu amigo. A crítica é de mau gosto e injustificada. Que fazes?
Começo por dizer que acho de mau tom falar de quem não está presente e remato com a minha opinião pessoal sobre o alvo das críticas.

12. Se pudesses oferecer um só conselho a um recém-nascido, qual seria?
Não tenhas medo.

13. Eras capaz de quebrar a lei para salvares uma pessoa amada?
Claro.

14. Já viste insanidade depois de teres visto criatividade?
Sim.

15. Pensa em algo que tu sabes e que farias diferente da maioria das pessoas. Consegues?
Tantas coisas... sempre me senti uma outsider, na verdade.

16. Como é possível que as coisas que te fazem feliz, não façam felizes outras pessoas?
É essa a magia do ser humano: a singularidade de cada um.

17. Qual é a coisa que não fizeste e queres mesmo fazer? O que te prende?
São algumas coisas... umas não fiz porque não era o momento certo, outras por medo do ridículo, mas não as esqueci.

18. Estás apegado a algo que deverias libertar?
Sim.

19. Se tivesses de mudar para outro país, para onde irias e porquê?
Gosto tanto de Portugal que me custa pensar nisso, mas não me importava de viver nos Estados Unidos da América, em Inglaterra ou no Brasil. Nos EUA porque me sentiria fascinada ao acordar em New York ou em Los Angeles; em Londres porque me faz sentir em casa, é uma cidade acolhedora e com muito para ver, a apenas duas horas de distância; no Brasil pelo idioma, pela cultura que me é tão familiar, pelo bom tempo, pela música e pela praia.

20. Carregas no botão do elevador mais de uma vez. Achas que assim chegarás mais rápido ao teu destino?
Não. É uma esperança, só.

21. Preferes ser um génio preocupado ou uma pessoa feliz e alegre?
Nunca fui dada à leveza. Sou um génio angustiado com momentos de alegria.

22. Porque é que estás onde estás neste preciso momento?
Porque sou uma mulher de família, que tem tendência para colocar os outros em primeiro lugar na lista das suas prioridades.

23. És o tipo de amigo que queres como amigo?
Sim. Numa amizade espero compreensão, lealdade e cumplicidade, por isso seria uma boa amiga para mim. Ainda por cima sou óptima a guardar segredos.

24. O que é pior: um bom amigo se afasta ou um bom amigo que se afasta mas que mora perto de ti?
Um bom amigo que se afasta mas que mora perto de mim. É ainda mais difícil de compreender quando não há desculpas.

25. Qual é a coisa pela qual és mais grato na vida?
Por viver e não me limitar a existir.

26. Preferes perder todas as tuas memórias ou nunca conseguir fazer novas amizades?
Nunca conseguir fazer novas amizades. Perder a memória é perder o património do meu percurso aqui.

27. Será que é possível saber a verdade sem desafiá-la primeiro?
Sim.

28. Alguma vez o teu maior medo se transformou em realidade?
Sim. Mais que uma vez. Tenho uma intuição muito forte.

29. Lembras-te daquela vez, há uns anos atrás quando estavas chateado? Será que é importante agora?
Agora, não tanto. Tudo o que passou, ainda que deixe marcas, perde a chama da importância. No momento, naquele contexto, era.

30. Qual é a tua memória de infância mais feliz? O que a torna especial?
Tive uma infância sui generis, carregada de momentos felizes mas muito séria pelo excesso de consciência que sempre me caracterizou. Não podia sentir-me plenamente feliz sabendo que havia crianças em situações dolorosas e precárias, nem sabendo que a humanidade caminhava para a auto-destruição com a utilização absurda de recursos, a poluição ou guerras. Tinha tantas preocupações dentro de mim que chegava a pedir à minha mãe para me deixar chorar um bocadinho... Com a idade, essas angústias foram sendo abafadas pelo dia-a-dia, e hoje, as memórias mais felizes são aquelas sem motivo nenhum: o meu pai a dar-me banho enquanto na televisão da sala se ouvia aquele hit dos anos 80; eu a ver a Rua Sésamo com a minha vó; eu a cantar para ela; eu a adormecer na cama dela; eu a ser aperaltada no Natal pela minha mãe; o momento em que recebi a minha gatinha Duquesa; eu a ir buscar a nossa cadela à Serra da Estrela, depois de um dia na neve... enfim, tantas.

31. Em que momentos nos últimos tempos te sentiste mais apaixonado e vivo?
Foi há mais de seis meses.

32. Se não for agora, então quando?
Exacto. Tem mesmo de ser agora.

33. Caso não tenhas conseguido ainda, quando o irás conseguir?
Assim que tiver tempo. Começo no mês que vem.

34. Alguma vez já estiveste com alguém, não disseste nada, e afastaste-te sentindo que tinhas tido a melhor conversa da tua vida?
Não.

35. Porque é que as religiões que promovem o amor, causam tantas guerras?
Porque a religião é feita por homens, que se esquecem da fé e do amor para ceder ao fundamentalismo e enaltecer os rituais e as leis ocas.

36. É possível saber, sem sombra de dúvida, o que é bom e o que é mau?
Na maioria das vezes, sim.

37. Se ganhasses um milhão de euros, sairias do teu trabalho actual?
Óbvio.

38. Preferes ter menos trabalho para fazer, ou mais trabalho de que gostes realmente?
Mais trabalho de que goste realmente. Não há nada como sentir a realização de estar a fazer algo de que gostamos muito. É isso que retira toda a obrigatoriedade do trabalho e o torna num passatempo a tempo inteiro.

39. Sentes-te como se tivesses vivido o dia de hoje umas cem vezes?
Não.

40. Quando foi a última vez que seguiste um caminho, apenas com o brilho suave de uma ideia em que acreditavas fortemente?
No fim do ano passado.

41. Se soubesses que todos os que conheces morreriam amanhã, quem irias visitar hoje?
Não sei. Provavelmente telefonaria a todos e ficaria onde estou, com a minha família mais próxima.

42. Estarias disposto a abdicar de 10 anos da tua vida para ser rico e famoso?
Se isso implicasse morrer aos 90 e não aos 100, a parte da riqueza dava jeito...

43. Qual a diferença entre estar vivo e realmente viver?
Estar vivo, estamos todos os que respiramos. Vivem realmente aqueles que sentem as cores dos dias, que viajam sentados à secretária, que sonham, fazem planos, arriscam.

44. Quando será a hora de parar de calcular riscos e recompensas e ir em frente para se conseguir o que se quer?
A partir de Dezembro.

45. Se aprendemos com os nossos erros, porque temos medo de um erro cometer?
Na maioria das vezes, porque não queremos perder tempo. Noutras vezes, porque tememos o fracasso público, o julgamento alheio.

46. O que farias de forma diferente, se não houvesse ninguém para te julgar?
Nunca me preocupei muito com o julgamento dos outros.

47. Qual foi a última vez que notaste o som da tua respiração?
Esta manhã. Estava altamente aflita com sinusite.

48. O que é que tu amas? Alguma das tuas acções ultimamente expressou de forma aberta esse amor?
Amo muitas coisas. Amo Deus e não o demonstro como deveria. Amo a minha irmã e demonstro todos os minutos. Amo os meus pais, as minhas pessoas, a minha vida, de que falo mal tantas vezes... amo escrever, pintar, amo os meus animais, tocar piano, amo o riso das crianças, o céu, o sol quente no rosto, o mar, as flores que vou vendo no meu caminho, as borboletas brancas que estão sempre a aparecer à minha volta, amo cantar, ouvir música e conduzir sem pressa. Amo e as minhas acções não o demonstram sempre.

49. Daqui a cinco anos, vais lembrar-te do que fizeste ontem? E o dia antes desse? E do dia anterior a este último?
Vou lembrar-me do jantar inesquecível que o meu pai fez... quanto a mim, lembrar-me-ei desta fase, não dos dias.

50. As decisões estão a ser feitas agora. A pergunta é: és tu que estás a tomar as decisões ou estás a deixar que outros façam essas decisões por ti?
Estou a aprender a decidir.

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