quinta-feira, 3 de julho de 2014

da memória.

Elle Fanning
Nunca serei uma daquelas pessoas que quando chega a velha começa a dar a seca a toda a gente, relatando ao melhor estilo queirosiano todo e qualquer detalhe relativo ao que se deseja contar. Um episódio que na vida real não durou mais que meia hora transformado em palavras, uma memória falada, torna-se numa extensa dissertação. Impressionam-me essas mentes que guardam em si detalhes sem relevância; nomes, datas, cores, pormenores, diálogos, matrículas, modelos de carros. Não sou assim hoje, muito menos quando der por mim avó. Pelo menos não vou ser chata, porque para ter alguma coisa para contar, vou ter de inventar imenso... e a fantasia é sempre mais engraçada que o rame-rame do quotidiano. Ainda bem que escrevo tanto, assim os meus netos saberão o que andei a fazer por aí.

2 comentários:

A Bomboca Mais Gostosa disse...

Eu sou assim... Vou ser uma velha aborrecida :p

Imperatriz Sissi disse...

Eu só costumo guardar os detalhes que tornam a história mais interessante, o resto varre-se!