quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

E não era sexta-feira 13.

Lana Del Rey
O dia corria bem. Chovia a potes, o cabelo estava tão péssimo que mais valia apanhá-lo, o frio era tanto que atravessava as várias camadas de roupa que tentavam agasalhar o meu corpo carente de calor. Chovia de tal forma que decidi deixar o carro estacionado perto do meu local de trabalho, só para evitar andar a pé e à chuva toda uma absurda distância... é que esta cidade que me alberga é rica em estacionamentos pagos. E eu não gosto de pagar para deixar o carro na rua, que só por acaso, também é minha. Sou portuguesa, as ruas são espaços públicos, o carro é meu e eu deveria poder deixá-lo onde me apetecesse, desde que não obstruísse nenhuma via nem se tornasse num obstáculo para outros condutores ou peões. Mas não. Assim sendo, todos os dias é a mesma gaita - deixo o carro numa ponta da cidade para a atravessar a pé, só para não pôr moedinha no glutão do parquímetro. É que a rua onde trabalho fica numa zona de estacionamento proibido, inserida na mini zona histórica. A rua onde trabalho, apesar de ter sido submetida a um procedimento de regeneração urbana, continua feia que dói... mas a rua onde trabalho continua a ter espaço suficiente para que o meu carro não incomode ninguém e há que dizer: os senhores polícias não passam multas em dias de chuva, pelo que tenho aproveitado esta única vantagem que reconheci nestes dias horrorosos pouco solarengos. Estacionei a viatura de modo a que não perturbasse ninguém, deixei espaço livre para as entradas dos prédios ou lojas e fui trabalhar, coisa nobre. Passou cerca de uma hora até que o sol se decidisse a dar ares da sua graça. Daqui a nada, passa um senhor polícia, está-se mesmo a ver, pensei. Pouco tempo depois, lembrei-me de ir espreitar o carro. Bruxeee... pumbas! Multa. Fui logo pagá-la. Tau! Vinte euros. Sério? Antes não era nove e tal? Vinte euros? Vinte euros para o lixo? Podia ter sido uma mala da Primark, uma t-shirt da Zara, um colar da Parfois, mas não. Também não foi um jantarinho bom. Nem uma sabrina básica. Não. Foi deitar dinheiro para o lixo. Pois claro que fico chateada. E como se o dia estivesse a correr bem, ao chegar a casa projectei o meu rabo com toda a violência para cima do sofá. Por azar, os óculos estavam ali pousados. Parti-os. As duas hastes. Tenho que ir tirar o quebranto.

2 comentários:

Maria disse...

fogo, que fim de dia!! lol eu ás vezes penso: vou só parar aqui um bocadinho - apesar de ser proibido - e já volto! mas acabo por não faz~e-lo porque acho que os polícias adoram aparecer nessas horas lol :) sempre que estou quase a cair em tentação digo a mim mesma: eles adoram aparecer nestas horas! bjo*

Ana Catarina disse...

Possa, isso é que é azar! :/
um beijinho*