quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

random

Brigitte Bardot
Sou muito intensa. Não dramatizo, sou dramática. Não tenho jeito para lidar com o lado negro do ser humano. Fico enojada com a obscuridade da depravação, mesmo que disfarce. Finjo que certas coisas são para mim aceitáveis para não inferiorizar os outros. Faço questão de honrar o passado. Tento ser humilde. Não me esqueço de que temos dois olhos para ouvir muito, dois ouvidos para ouvir muito e uma boca para falar pouco. Não me meto em intrigas. Sonho muito com o meu futuro. Tendo a querer ensinar o que não se ensina aos outros. Repugna-me a falta de carácter. Não tenho paciência para pessoas sem personalidade. Irrito-me com a imaturidade. Sou dura nas palavras. Não sei expressar-me sem veemência. Sou convicta. Sei quem sou. Não gosto de pessoas que só cumprimentam às vezes. Não gosto de arrependimentos. É raro arrepender-me de algo que fiz, a acontecer é porque deixei de fazer. Dou a mão à palmatória sem dificuldades. Gosto de pedir desculpas quando sinto que devo fazê-lo. Preciso que me peçam desculpas. Perdoo com muita facilidade. Não sou rancorosa. Não gosto de provar que sou inteligente. Aborreço-me depressa. Estou habituada a que não vejam em mim a pessoa profunda que sou. Nunca acredito numa só versão de uma história e acho que isso pode ser defeito de profissão. Sou facilmente melindrável. Só admiro pessoas que considere superiores e elevadas quanto à sua conduta e aos seus valores morais. Não lambo botas. Desprezo mentes pequenas. São-me indiferentes os comentários, as críticas e os juízos de valor vindos de pessoas que não me conhecem para lá da pele. Sou exigente. Sou perfeccionista. Gosto de animar os dias dos outros. Sinto-me genuinamente feliz por me sentir útil. Não suporto mentiras. Sou tolerante com aqueles que significam muito para mim. Quando sou demasiado magoada por alguém, torno-me fria e desisto da pessoa, seja ela quem for. Sou forte. Choro por tudo e rio por nada. Não gosto de estar triste. Justifico sempre as minhas atitudes menos compreensíveis a olho nu porque tenho um motivo para tudo o que faço. À medida que os anos avançam, os meus medos aumentam. Tenho dificuldades em aceitar que não temos todos os mesmos princípios. Acho estranho receber dinheiro em troca de algo que me dá gozo fazer. Gosto de oferecer presentes. Gostava de oferecer mais presentes. Não gosto de ter que me afirmar. Parece-me sempre que não tenho de provar nada a ninguém. Não gosto de ser avaliada. Não me impressiono com facilidade. Tenho coração de manteiga. Acredito que mereço o melhor. Sofro demais.

1 comentário:

Tamborim Zim disse...

Soframos menos. E sejamos assim amplos, como este belo texto! Beijinhos Menina Flor!