sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Amanda Seyfried
Não rezo. Nunca gostei de lengalengas nem de decorar deixas. Falo com Deus como falo com um amigo, porque é isso que Ele é para mim. E as minhas orações não são necessariamente um momento especial do dia, como cinco minutos que se dispensam para meditar. Não têm que ser pronunciadas. Acordo e digo-Lhe bom dia. No carro, falo com Ele. Ao longo do dia, sempre que estou sozinha e não estou a cantarolar nem ocupada a fazer qualquer coisa que me obrigue a estar concentrada, falo com Ele. É uma presença constante na minha vida e nunca senti que o fizesse vão. Nunca me desiludiu - pelo contrário: surpreende-me frequentemente. Só os meus amigos mais íntimos (e vocês, agora) sabem da minha linha directa para o Céu, como gostamos de designar este contacto permanente. A maior parte deles não vive uma fé desta maneira, mas respeitam-me e sabem que não seria a Menina Lamparina se ela não fizesse parte de mim. Então, em momentos marcados pela fragilidade, pelo medo ou pela angústia, ligam-me e pedem-me que ore por eles. Porque ainda que não o façam por si - e alguns já deram esse passo, começando com um "Eu não sei se existes ou se me ouves, mas..." - acreditam que se funciona para mim, talvez lhes sirva de alguma coisa. Então ficam mais descansados e tranquilos, porque sabem que eu vou orar por eles. Não oro apenas pelos que me são queridos, mas assim que sei que alguém está atravessar por uma fase difícil, faço questão de dizer qualquer coisa como "estou a torcer por ti". O que quero mesmo dizer é que "vou orar por ti", mas quando não tenho proximidade suficiente com alguém, soa-me estranho dizê-lo. Talvez porque não tenha pachorra para ouvir aquelas tretas de sempre: "Mas tu acreditas em Deus?". Nunca percebi porque raio me é fácil respeitar quem não crê enquanto os descrentes estão prontos a apontar o dedo quando assumo com a maior das naturalidades que não acredito em Deus, mas sei que Ele existe e ponto final. Não podemos concordar em discordar?

2 comentários:

Joa disse...

=) podia ter sido eu a escrever isso ;) é bem verdade existe mesmo esse espanto como se confiar e amar a Deus fosse algo extraterrestre! bjokas

Tamborim Zim disse...

N sei se Deus existe, mas respeito muitíssimo a Sua ideia, e oro diariamente. Espero q exista!