quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Zanini

Prometi falar-vos dela quando a mencionei neste desafio. Primeiro, mostrei-vos a Adda, mas não queria dedicar um post à Zanini sem ter fotos dela. Impossível. Passo a explicar: a Zanini é uma chinchila rebelde e indomável.
Depois da morte da Geraldina Matriosca, decidimos que a Mana Lamparina receberia outro bichinho pequenino no seu 16º aniversário. Outro hamster anão russo estava fora de questão, já que esperaríamos dele os mesmos comportamentos a que a Geraldina nos tinha habituado. A perda recente ainda doía demasiado, por isso optámos por voltar a trazer uma chinchila cá para casa, ideia que tinha excluído depois do Tomás, do Xavier e da Big. É que as chinchilas são a coisa mais fofa do planeta, mas também são muito frágeis. Não suportam bem o calor, o seu sistema digestivo não permite grandes brincadeiras e cada um dos que tive sofreu uma morte precoce, que me custou horrores. Contudo, pareceu-nos a melhor opção e a verdade é que a quarta chinchila que temos não tem nada a ver com as outras. Além do feitio completamente diferente, até passou o Verão sem qualquer problema.
Chamámos-lhe Zanini porque há uma coreografia de dança contemporânea que a Mana Lamparina ama de paixão fazer e que me comove profundamente de cada vez que a vejo dançá-la, cuja música tem uma letra imperceptível (é world music), mas como ouvimos o cantor dizer "zaniniiii" de vez em quando, achámos que se tratava do nome perfeito para a nova habitante da casa.
Lembro-me de andar sempre com as outras ao colo, em casa e na rua. De lhes ensinar truques, de ficar feliz quando finalmente reconheciam o seu nome e vinham ter comigo quando as chamava. Lembro-me de ser abordada na rua por pessoas estupefactas com a tranquilidade das minhas chinchilas: "-Como conseguiu domesticá-la?". Agora percebo porque se surpreendiam... deviam ter tido experiências com animais como a Zanini. Ela não é domesticável. É arisca, mesmo muito selvagem. Morde, foge e nem lhe consigo pegar. Para lhe colocar comida na tacinha, tenho que calçar luvas de podar e mesmo assim sinto as mordidas. Chegámos à conclusão de que será melhor deixá-la ser feliz junto de outras chinchilas como ela (esta espécie adora o convívio), para que ela viva sem medo. Já lhe encontrámos um lar, que deixá-la numa loja de animais é impensável. Será uma questão de tempo até que a levemos para lá. Depois teremos outra, com um feitio dócil e que goste de estar cá em casa.
A minha simpatia por chinchilas é antiga. Sinto-me mesmo feliz por saber que tenho um animal que não serviu para fazer casacos. Como é possível ser cruel ao ponto de matar um bichinho tão fofo só por vaidade?

4 comentários:

Imperatriz Sissi disse...

Ainda bem que nunca tive nenhuma, para bichos fofos que mordem basta-me o Farinelli e se são tão frágeis, seria um desgosto. Mas a tua casa é perfeita para receber um bichinho caprichoso, já que a assistência médica está garantida...espero que tenham sorte com a nova chinchila e que a Zanini se dê bem no novo lar. Realmente, não consigo perceberq uem mata coisas fofinhas só para fazer casacos, mas assim é o mundo...

Tamborim Zim disse...

Tens razão, como é possível? Mas lembro q de cada vez q se compra vestuário e calçado feitos com produtos de origem animal, estamos a financiar as mãos q matam. Boa sorte p a Zanunu, e bem-vinda nova chinchila-lamparina.

S disse...

É uma fofura, só é pena ser tão frágil!
Bj S

Ana Catarina disse...

Tão fofinho! Já tive um hamster e gostava tanto dele! :)