quinta-feira, 5 de julho de 2012

das Montanhas.

Audrey Hepburn
Porque é que quando um problema desaparece, surge outro dilema por resolver? Ou, por outras palavras, porque é que quando desenleamos um nó que parecia não ter fim, reparamos que o novelo enrolado ao contrário está mesmo ali ao lado, pronto a ser desmanchado?
Vou simplificar: imaginem que acabaram de subir uma montanha. Uma montanha muito alta. Fizeram a escalada com o cansaço a entorpecer cada movimento: os músculos doridos, as pernas trémulas, as forças esvaídas. Quase perdem os sentidos. Esgotante. O corpo exausto não tem mais para dar. Mas seguem, um passo após outro, percorrendo o tempo e ultrapassando o obstáculo, independentemente do clima. Às vezes um frio gélido, às vezes um insuportável calor. Passam os dias e as noites e não há paragens até ao momento em que, rastejantes, atingem o cume. A meta. E ainda não saborearam o momento quando, enquanto absorvem a satisfação dessa visão linda que é o que os olhos conseguem alcançar desse lugar tão alto, o céu escurece. Diante dos olhos incrédulos, ergue-se uma montanha ainda maior. Outra escalada.  

3 comentários:

Anita disse...

É a história da minha vida...

Beadelicious disse...

Se calhar faz parte da vida. Sermos mais e melhor, superarmo-nos a nós mesmos e ir vencendo, passinho a passinho, os obstáculos para alcançar novas metas. O que seria da vida sem objectivos?! =)

kariguergous disse...

Só me consolo com: temos provas à altura das nossas capacidades...