segunda-feira, 23 de abril de 2012

Geraldina Matriosca

São vidas simples. Servem para nos alegrar os dias. Para sorrir pela manhã, quando entrava na cozinha para preparar o meu pequeno-almoço e a via empoleirada na sua gaiola cor-de-rosa, para me dizer "Olá". Para me pedir comida, colo ou festinhas. Para me lembrar de que até um cérebro pequenino como aquele consegue surpreender-me com atitudes que comprovam a sua inteligência. Para me mostrar que não faz mal amar tanto um bichinho que alguns compram apenas para alimentar a cobra que têm em casa.
Estava deitadinha debaixo da rodinha, numa posição que não era a dela. Normalmente, encolhia-se, enrolava-se sobre si própria. Ontem, não. Não quis acreditar, dei toques na porta transparente que abria para a deixar vir para a minha mão, grande demais para aquele corpo tão pequenino. Tinha ido embora. Ela foi-se embora. E apesar do vazio que deixou na gaiola, as lágrimas que não contivemos revelam que aquela vida simples e que poderia passar completamente despercebida, nos encheu os dias e os corações.
Era só um hamster anão russo. Ou a rata da Maria, como os amigos da Mana Lamparina lhe chamavam. Um presente de Natal. Chegou cá a casa ainda bebé, o pêlo branco e o medo dos humanos. Semanas depois, apareceu uma manchinha cinzenta que foi alastrando, como o à vontade connosco. Passeava por nós segura, cómica, fofinha. Uma bola de pêlo do tamanho do meu polegar que fez parte dos nossos dias e das nossas vidas. São vidas simples.

6 comentários:

Filipa disse...

oh :(

Mariana Costa Veludo disse...

São vidas simples mas que tanto nos ensinam. Vidas simples que amamos, que cuidamos. Vidas simples tão significantes. Fica o carinho, a memória, o amor. Porque os animais são das coisas mais importantes na vida de uma pessoa, simplesmente algumas ainda n entenderam :(

Anónimo disse...

Nice post! I love your blog
vestido festavestidos de casamento

Maria disse...

óoóó´;(

Imperatriz Sissi disse...

:( Bonita homenagem. Tive um hamster, era um amor. Os bichinhos, grandes ou pequenos, marcam-nos sempre.

Tamborim Zim disse...

São amigos, seres sencientes e cuja vida tem um fim em si mesmo. Lamento muito:( Valeram os bons momentos e ter sido amada:)