Kate Hudson |
Parto do princípio que a inteligência é uma característica comum a todas as pessoas.
Que todos são detentores de discernimento e de bom senso suficientes para formar opiniões baseadas em algo credível, nem que se trate apenas de um raciocínio lógico plausível ou de factos que atestem da veracidade do que lhes é impingido.
Irrita-me o emprenhar pelos ouvidos, o tornar dado adquirido aquilo que é levianamente transmitido.
Dar o benefício da dúvida deve ter caído em desuso enquanto eu tomava um café. Não me apercebi. E quando dei por ela, já estava metida em rolos que não sei de onde choveram, tinha dito o que não disse e era uma autêntica besta até para quem nunca tinha falado comigo.
O que compensa tudo isto? Os amigos de sempre e para sempre. Aqueles que nos conhecem de dentro para fora, que nos vêem com os olhos da alma e que nos sabem. Que nos dão a mão, choram quando os nossos olhos ficam submersos na dor e ficam felizes connosco com o mais pequeno sucesso que celebremos. Esses, que estão cientes do meu carácter, não se assustam com hipóteses impossíveis. Porque sabem quem eu sou. O resto é merda, basicamente é isto.
Estranho é quando sou eu a enganar-me. Quando, depois de conceder o devido benefício da dúvida, vejo que afinal tinha razão: devia mesmo ter ficado quietinha no meu canto. Quando confio, abro as portas do meu coração e depois noto que afinal vieram cá só ver a mobília para ir contar ao vizinho como vivo. Acho que nem vale a pena perder tempo com conversas. Nesse caso, mantenho a superficialidade, a distância. Fecho a porta sem fazer barulho. Quando derem por ela, já não estou lá. Fui.
Acho que esta cidade se está a tornar demasiado pequena para mim, sabem? Preciso mas é de ir fazer pela minha vidinha para outro lado. E cada cadeira feita é um passo que dou nesse sentido. Metade já foi. (Obrigada, Deus.) Só falta o resto!
Post dedicado aos meus.
3 comentários:
É pena teres que te deparar com situações desse tipo, logo tu! Do que "conheço" de ti, considero-te directa, frontal e disponível para ouvir. Não te vejo mesmo nesses filmes. Só digo o que todos os amigos já devem ter dito: Nem vale a pena ligar a essas pessoas...
Apesar de lamentar o que o originou, adorei a ironia com que o post foi escrito;)
PS. Ainda não temos um quarto de hóspedes mas arranja-se uma caminha :)
Um grande beijinho,
Filipa
www.welc-home.blogspot.com
Tenho pensado e sentido muito daquilo que descreve este texto... e quando da-mos conta estamos a sofrer por conta de coisas estupidas e de pessoas que não merecem! Bjs Boa semana
Awwnnn Filipa* Obrigada, querida* Também não me vejo nestes filmes e tento não ligar. No entanto, sinto-me sempre desconfortável quando os descubro. E sim, nada melhor que a ironia para ultrapassar coisinhas destas! :D
Obrigada pela caminha!!! xD
Beijinho*
Joa, não merecem mesmo! O melhor remédio é sorrir and move on. :)*
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