Kristen Bell |
Só que tenho dado por mim com uma auto-estima culinária menos elevada, por pensar que seria incapaz de concorrer a um Masterchef, dado que os gajos são exageradamente perfeccionistas. Eu gosto de comida, não de pratos bonitos. O que há de belo num cozido à portuguesa, nuns jaquinzinhos fritos com arroz de tomate ou numa feijoada à transmontana? Nada! Isto não significa que não desfrute de pratos gourmet, não significa que não goste de excitar o palato com uma criação ao melhor estilo nouvelle cuisine ou que não me agrade a estética de um prato de cozinha molecular. Mas não é a minha onda. Sou mais Jamie Oliver. E por isso acho que se me visse numa competição como o Master, provavelmente desistiria ao primeiro desafio. Uma hora para fazer aqueles pratos rocambolescos, com uma apresentação cheia de triqui-triquis? E as técnicas? Que embala em película aderente, que coze em banho maria, que se a película romper estraga o prato todo, que depois leva ao forno para dourar apenas e só dois minutos e quarenta e três segundos, que corta com dezassete milímetros de espessura por três centímetros de altura, que serve assim e que come assado. Talvez esta opinião se deva à minha imensa dificuldade em seguir receitas. Sempre que estou de volta dos tachos, invariavelmente o meu namorado pergunta porque raio tenho a receita à frente se não a sigo. Simples: para começar com as medidas certinhas! O resto é criatividade pura. E nunca corre mal.
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