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Leighton Meester |
Uma velhota bem velhota, com o seu mau humor espelhado na expressão que deve ter sido a raiz de tantas rugas, estava sentada à minha frente no comboio. Ia ouvindo as conversas de outros passageiros e acompanhando com mímica, expressando a sua opinião sobre o que se ia dizendo. A mim pareceu-me que discordava de tudo, que se escandalizava com tudo e que sentia repulsa de tudo. A certa altura, talvez porque estivéssemos a aproximar-nos do momento em que a sua viagem terminaria, quis ver as caras de quem falava. Virou-se, virou-se mais um bocadinho, virou-se rodando o tronco, tentando contrariar toda a falta de flexibilidade com que o peso dos anos lhe encrava os movimentos... e a façanha terminou de joelhos no chão. Ouviu-se uma gargalhada abafada seguida da frase:
"- Esta gente nã tem escúrpalos nenhuns."
Não me perguntem como consegui prender o riso todo cá dentro.
2 comentários:
lol lol realmente n deve ter sido fácil :-) eu ás vezes tb ouço cada coisa...! **
Não foi nada fácil... até porque sempre que me lembro da velhota, desato a rir. :D
Beijinho*
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