terça-feira, 13 de setembro de 2011

Regresso às aulas da Mana Lamparina.

Lindsey Wixson
Hoje é o dia da apresentação. É o início oficial de um ano lectivo pronto a estrear. Este é mais especial para mim, porque ela vai para onde me lembro tão bem de estar. Foi há dez anos que entrei no meu décimo ano. Fui para a secundária e já me achava grande, já me sentia adulta. Era uma miúda como ela é agora, mas não me recordo de o ser. Acho-a mais menina, talvez por ser a minha menina. Por outro lado, não tinha planos tão concretos como os que ela apresenta, segura de si e dos seus quereres. Encontrou alternativas para os sonhos que podem não vir a realizar-se. Nunca fiz tal coisa. Segui o impulso, sempre fui mulher de letras, de pensar divagando, de poucos mapas. Orgulho-me dessa capacidade da qual sou desprovida. Acho fascinante que com apenas 15 anos, ainda que com toda a rebeldia e imprudência a despontar em si, consiga racionalizar os passos futuros de um modo tão pragmático e racional. Ela vai para o décimo ano. O ensino secundário marcou-me muito. Foi na secundária que aprendi mais que nos anos do curso, foi ali que fiz as amizades que me acompanham até aos dias de hoje, foi ali que me senti eu. Descobri que podia assumir-me como o ser individual que afinal, somos todos e cada um. Espero que a sua experiência lhe traga tudo isto e muito mais, que a escolha se revele a mais acertada, que os passos sejam firmes e que o tempo, que passa depressa (ainda ontem estava lá!), seja muito, mas muito bem aproveitado. E eu já estou a ficar um bocado velha com esta conversa, não? OMG, quero ir às compras.
É assustador lembrar-me dos meus quinze anos com tanta proximidade. Passou a correr.
Boa sorte, Mana Lamparina. Entra na escola com o pé direito.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bolas, que saudade da minha adolescência..do secundário. Era tão feliz, a sério. Tive os melhores amigos, as melhores experiências e vivências...a melhor época da minha vida. Eu também podia recuar 10 anos, não me importava nadinha.

Lady Lamp disse...

Também fui muito feliz no secundário. Primeiros amores, primeiros amigos a sério,muita diversão, muitos dramas, também. Mas foi uma fase muito feliz. Sinto mais saudades desse tempo que dos da faculdade. É como escrevi: marcou-me muito. Foi ali que me senti eu.
Agora, recuar... não recuava. Gosto muito de ser adulta, apesar dos problemas, dos obstáculos, das inseguranças e da instabilidade. Há muita chatice, mas há mais maturidade. E há tudo o que aprendi até aqui, tudo o que ganhei.
Quando me sinto frustrada com alguma situação cuja resolução não depende de mim e me agarro às memórias felizes do passado (sejam elas da infância ou da adolescência, em que as preocupações eram pormenores), lembro-me que a partir dali, só pode melhorar.

:)*