sexta-feira, 23 de setembro de 2011

estou bem.

Claudia Schiffer
E de repente, as comportas abrem-se e o rio flui. Quando menos esperamos, recebemos as ansiadas respostas, não é? Parece que sim. Não é que o contexto se altere repentinamente. Não é que haja uma imprevisível reviravolta. Nada de epifanias, eurekas ou momentos iluminados por uma súbita genialidade. É a Vida, é assim mesmo. É acordar num agito, querer ser a personagem que encarnamos a cada manhã, em frente ao espelho, entre pincéis, blush, rímel e saltos altos. É sê-la naturalmente, de ombros para trás e queixo erguido. É assumir essa snob altivez natural de quem se sabe cheio de poder. E viver.
Viver como ela nunca soube, respirando grata as pequenas coisas que criam o cenário da nossa existência. É como tu dizes, já com os olhos húmidos. Apreciar o momento. Estar sozinha naquela esplanada, acompanhada de um livro, com uma cerveja gelada na mesa. Ou ter que parar o carro na berma da estrada para encher o peito de ar e absorver a beleza do que tinha à minha frente. É sorrir com aquela paisagem e guardá-la cá dentro. E de cada vez que me recordar dela, vou sorrir. Parecia que íamos em direcção aos Alpes, lembram-se? Em plena Estrada Nacional número um. É viver confortável com mistérios que nunca vou desvendar. É sonhar e sentir o chão debaixo  dos pés. A Vida é isto. E quando estou em paz, eu adoro viver. Porque a minha paz não pode depender do turbilhão cá fora.

2 comentários:

Juca disse...

assim, sem meias medidas, o que se passa contigo??! *

Lady Lamp disse...

Aceitei o facto de não poder mudar o mundo. Nem o meu... :*