segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Esquecer.

Sasha Pivovarova
Foi um bom fim-de-semana, dentro do possível. Diverti-me, dentro do possível. Descarreguei a minha fúria, dentro do possível. Fui insuportável, fui alegre, fui triste, mas ninguém viu as minhas lágrimas. Estar com os amigos, saber dos outros, de cada um, ouvir parvoíces, gastar a voz com estupidez no seu estado mais puro, esquecer que há gente à volta, dançar, anestesiou-me nos momentos em que me perdi no convívio, em que fui absorvida pelo ambiente, consumida pela música. Não sou fã de saídas à noite, sabem? O meu espírito boémio é um bom bocado mais antigo. A minha diversão não tem que passar por álcool, copos e euforia. Sempre me diverti de Coca-Cola ou Red Bull na mão. Sou viciada em ginger ale. Em ambientes de fumo, prefiro água. Sou ridícula sem beber. Mas às vezes, a visão turva também adormece o cérebro. E eu precisava mesmo de esquecer.

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