segunda-feira, 6 de junho de 2011

começamos bem a semana...

Duffy
O sono não vem e a vontade de parar também não. É que quando o coração dói, só o cansaço do choro que não contemos nos leva a adormecer. E a raiva acorda todas as células em mim, que a injustiça não me acalma. É o sabor da injustiça em cada suspiro, porque as palavras ditas devem todas ser filtradas. Não somos nós racionais? Não somos nós dotados de cérebro? Não deveríamos então ponderar cada frase antes de a verbalizar, articulando-a sílaba a sílaba?

A cautela - a palavra e a atitude - caiu em desuso. Ninguém pensa no que diz, quanto mais no que faz! E então ferem-se os poucos que ainda amam genuinamente.

Se tivesses cautela, a cautela que todos os teus anos te deveriam ter trazido, cuidarias as palavras que dizes, a quem dizes e sobre quem dizes o quê. Saberias, porque pensarias antes de abrir a boca nesse vómito incongruente, que penso em ti. A cada dia, a cada instante. Que a negligenciada sou eu. Que aquela que aguenta tudo sozinha, porque é forte, autónoma e responsável... sou eu. Ou esqueces-te da grande falha que cometeste quando levantei o tapete e te soube longe, muito longe do lugar que é o teu - não porque apenas devas lá estar, mas porque te pertence, és o seu dono e ele te define.

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