Doutzen Kroes |
Sinto-me débil, sinto-me amachucada. Sinto-me injustiçada - é sempre assim que nos sentimos quando sabemos que temos razão, que fizemos a coisa certa e quando não nos entendem, julgando-nos como se não nos conhecessem. Como se eu fosse uma qualquer. Como se eu fosse tudo o que não sou.
Espero que tudo isto não seja mais que uma consequência normal para os justos. Acredito que sim. Sei que sim. Não podia ser de outra forma.
Continuo a ser eu, ainda que não vejas.
Continuo a ser eu, mesmo que não me compreendas.
Um dia, um dia vais voltar a olhar-me nos olhos sem essa frieza nos teus. Vais compreender todas as emoções que se misturam cá dentro, sem julgamentos surreais e obscuros. Vais saber que te respeito, que não devias ter dito o que me disseste. Que sou tua amiga, mas que a minha posição não poderia ser a que esperavas. Vais perceber tudo isso e muito mais. E vais aceitar. Vais aceitar-me. Vais deixar cair essa muralha de gelo que edificaste à tua volta. Vais derretê-la com o calor do abraço que precisei. Vais passar-me a mão no cabelo e dizer-me que também me amas.
Eu espero. Espero o tempo que for preciso. Espero até ter os meus filhos crescidos, se necessário for.
Até lá, vou aguentando. Não precisei de coices para me tornar na mulher forte que sou. Não me armo em mártir - sou mesmo forte.
E "o mundo é dos fortes".
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