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| Adriana Lima |
Chamava-se Juvelina e ia a Paris frequentemente, várias vezes por ano, para assistir às passagens de modelos das grandes maisons. Era lá que comprava os acessórios que pudesse trazer na mala, que na altura não chegavam a Portugal, para cá vender às senhoras. Comprava também os produtos de luxo, cosméticos das grandes marcas que hoje encontramos em qualquer esquina, mas que na altura, não chegavam a Portugal, para cá vender às senhoras. Era ainda lá que comprava os tecidos que usava para depois reproduzir os modelos vanguardistas que por lá via, elaborados pelos grandes costureiros da época. Juvelina era contrabandista, portanto. Fumava com boquilha e o seu isqueiro era um Dupont de ouro. E a piada disto tudo? Juvelina era avó do meu pai.
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