quarta-feira, 20 de abril de 2011

Querido Pai Natal ou Querido São Pedro:

Laetitia Casta
Estou na dúvida. Não sei a quem dirigir esta cartinha, porque o Natal é sempre que uma gaja quiser, mas por sua vez, o senhor polaco ou finlandês ou lá o que é (para mim viveu sempre no pólo Norte, é Nortenho e isso basta-me) deve andar a dar de comer ao gado que o transporta pelos céus, no seu trenó mágico, por alturas do mês de Dezembro. Ou então, anda a tentar fazer com que a sua fábrica movida a gnomos não vá à falência, que toda a gente sabe que isto da crise afecta logo os bens que não de primeira necessidade. Assim, pelo sim e pelo não, decidi escrever também para o faz-tudo do Céu: ele é recepcionista, também, não é? E diz que avisa os senhores do Intituto Nacional de Metereologia - deve divertir-se como o caraças, sempre a aldrabar a malta. "Ah andam a pensar nuns dias para o bronze? Está bem... esperem lá... TUFAS dá-lhe com uma chuvada em cima, relâmpagos e tudo! Ahahahah olha eles de chinelos na lama!". Enfim, um de vós que esteja disponível para ler aqui o lamparina, se faz favor.
É que uma pessoa já acordava com um sorriso só por saber que estava sol. Escolher a roupa já não era um drama e usar os saltos altos mais vertiginosos, também não. Queria lá saber da calçada, não havia chuva! Agora espetam-me com este tom de cinza e eu fico aborrecida. Pois fico. Andar a correr para fugir da chuva não é desporto e eu recuso-me a ficar com os cabelos estilo Mama Africa, versão encrespada, só porque os anjinhos decidiram mijar cá para baixo todos ao mesmo tempo. Algum de vocês use o vosso poder para que o Sol brilhe para estes lados, que a crise a que há pouco me referi já deprime a malta. Ou vocês acham que eu tenho vontade de fazer alguma coisa da vida com uma camada de nuvens negras em cima do miolo? Claro que não, meus senhores! Claro que não! Tudo é um frete e nem me apetece pôr bonita, porque a humidade dá cabo de tudo. Vá. Estou à espera. Obrigada.

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