quarta-feira, 13 de abril de 2011

nada.

Helena Christensen
Não há nada como o cair da noite para me doer cá dentro. À flor da pele, ainda a sinto, à raiva. Não esqueço, não consigo apagar nem afastar de mim esse azedume que me ferve. Tudo em ebulição. Ainda me amarga a boca com o recordar. Ainda quero ferir, partir o que encontrar. Ainda quero ficar no meu canto, quieta, sem ter por onde perder o olhar. Sem pensar em nada mais que banalidades, pormenores, futilidades. Porque isso não alimenta a alma mas também não estimula o cérebro. E eu não quero saber de nada.

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