segunda-feira, 28 de março de 2011

A vida é só um monte de páginas em branco

Marilyn Monroe
em que a singularidade é apenas um pormenor: não poder apagar nada. Como se a tinta com que desenhamos cada passo que damos ou pretendemos dar fosse fogo. Não há corrector, borracha nem mata-borrão que sirva de remedeio. Enquanto autores, temos a liberdade para inscrever em cada pedaço de papel o que nos aprouver. Não há regras que limitem o que podemos fazer. Chama-se livre arbítrio. Porém, há momentos em que o livro ganha vida própria e decide rasgar páginas a meio e quando isso acontece, depois da surpresa, a resignação. O sorriso, porque cada página em branco representa uma nova oportunidade, um trilho novo no percurso, um novo rumo que posso experimentar. Gosto de mudanças, porque sei que cada uma delas me trouxe mais vantagens que lágrimas. Coisas boas. Coisas fantásticas. Mesmo que não pareça, mesmo que doa um bocadinho porque não queremos soltar-nos do que gostamos. Às vezes, a Vida faz o que é preciso para que possamos evoluir, quando não conseguimos ver para lá do horizonte. Eu acredito que sim.

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