segunda-feira, 14 de março de 2011

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Blake Lively & Penny
Garanto-vos que não é minimamente agradável acordar, ir tomar o pequeno-almoço à cozinha e estar lá a D. Irene, que trabalha em nossa casa, não se inibindo de começar com o chorrilho de vocábulos agudos e estridentes nesse período de tempo em que os meus ouvidos estão tão sensíveis ao barulho como os meus olhos à claridade. Não é fácil para mim conversar de manhã, independentemente do assunto. Pior é quando a conversa é:
- Oh Menina Lamparina... não sei onde é que ponho as coisas do cão.
- Qual cão?
- Os brinquedos, a mantinha e o ninho da cadela que morreu, a pequenita. Ponho no lixo? Deito fora? O que é que eu faço àquilo?
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Claro que uma pessoa começa o seu dia aborrecida, não é? Se as coisas ainda estão no sítio errado, é provavelmente porque não as consegui tirar de lá. E ninguém gosta de acordar e ser bombardeada com a memória do seu animal de estimação que morreu. Com a raiva toda contida, limitei-me a responder-lhe "Não sei, dona Irene". Acham que ela se ficou por ali?
- Não sabe, menina? Então quem é que sabe? O doutor?
- Não sei, dona Irene.
- Então também não sei, não lhe vou mexer. Mas é que eu queria mesmo saber se deito para o lixo ou não.
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