quinta-feira, 14 de outubro de 2010

I love my job #3

Bar Refaeli
Porque em dias como hoje, em que se inauguram certames e tudo é festa, nem parece que estou a trabalhar. Começou hoje a XVII Feira Nacional de Artesanato e Tasquinhas de Pombal. Tirei milhentas fotografias - algumas bem giras, por sinal. Acho que estou a ficar jeitosinha com a máquina.
Falei com montes de artesãos, um deles insistiu em explicar-me os benefícios dos chás, obrigando-me a cheirar cada uma das plantinhas (por ele colhidas e secas). Depois de me prender durante meia hora no meio dos cestos, ou cestaria criativa e artística, como lhe preferiu chamar, começou a tecer-me inúmeros elogios. Foi um instante até dissertar sobre as minhas botas (já falei muitas vezes delas, eu sei. Mas toda a gente fica a olhar para elas, até os cotas!). Que dão uma postura fantástica. Que a madeira é super saudável. Que assim é que eu estou bem, não é como as outras mulheres que andam de saltos altos - "mal sabes tu", pensei. Que nós somos homo erectus e não homo erectus elevados. "Onde é que as comprou? É que eu também uso tamancos e também tenho tamancos em bota, muito parecidos com esses..." - O quê?! Bom, de excêntrico passou a maluquinho. Piorou quando perguntou "em que stand" as tinha eu encontrado. Lá lhe respondi que não tinha nos pés um produto artesanal.
Whatever... e como está um Sol fantástico, vou comer um gelado com a mana lamparina e ver se tiro a noite para namorar. Sim, porque o pobre homem tem-me encontrado sempre a cambalear de sono. Não aguento uma hora acordada no sofá. Primeiro, descalço as pantufas. Ponho as pernas por cima dele. Depois a cabeça na almofada. Tapo-me com a mantinha e finjo durante um minuto que estou atenta ao que passa na TV. Merece ser compensado, não merece? Pois.

Sem comentários: