São tantas coincidências, tantas as coincidências, se é que existem coincidências. São tantas coisinhas miúdas que apontam para o mesmo e dizem que é por ali, que é o certo. Não sei se é o medo de me desiludir que me retrai, se é esse pavor que me faz duvidar ou preferir não acreditar, mas às vezes, juro que às vezes tenho a certeza de que são coincidências a mais. Será que sou eu que reparo em tudo? Como é que sabemos o que é para nós ou não? Não sabemos, pois não? E como é que fazemos para transformar algo que não é para nós em algo que é para nós? Não fazemos, pois não? E como é que fazemos para tornar algo que é muito importante para nós em nada? Não tornamos, pois não? Dizem que o tempo cura tudo e eu aqui, de ferida aberta. Sempre que acho que esta porra cicatrizou, volta a sangrar. Não consigo sair dali, isto nem há marcha-atrás na caixa de velocidades da vida, como é que se faz?
Tomas um banho, lavas o corpo e esperas que a alma se deixe limpar também. Acalmas-te como puderes, esqueces-te como quiseres, nem que tenhas que ir beber qualquer coisa. Adormeces isso. E guardas. Guardas para ti, aí dentro, no fundo da última das gavetas. Há-de passar, porque hás-de esquecer.
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