«A minha vida é um autêntico electrocardiograma», dizia, entre a constatação e o queixume. Não tinha ainda compreendido a riqueza de ser profunda, densa, viva. Não sabia que ser rasa não é para almas inteiras e grandes, que ser pequena não se coaduna com o sangue que lhe ferve, que há um sentir de que quem gosta de ser e de se dar não abdica.
Então divide-se entre lágrimas e sorrisos, a alegria das chegadas e a tristeza das despedidas, o êxtase dos dias bonitos e o pesar das noites escuras sem luar. Fechada nos Invernos para florir nas Primaveras, vai com leveza nos passos e põe nos sonhos todo o insustentável peso.
O que importa é não esquecer de fitar o horizonte dos sítios altos.
[ in @anarendalltomaz ]
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