Megan Fox |
Quando eu era mais nova, isso ainda existia. Ainda havia flores para oferecer e músicas para dedicar. Ainda havia mensagens bonitas e surpresas românticas, tudo sem receios de soar a foleiro.
- Vem à janela.
- Porquê? O que se passa?
E ele, lá fora, com uma cartolina com os dizeres «Amo-te Ana».
Parece ridículo, mas é tão bom abraçar a vulnerabilidade e a exposição com o objectivo único de fazer o outro feliz. E chamem-me machista, antiquada ou quadrada, mas é tão bom ver um homem não ter medo de cortejar e é tão bom ser mulher e ser tratada como tal, sem ter que fingir não ter sentimentos, sem simular frieza, que isto hoje em dia é tudo pão, pão, queijo, queijo, meio à bruta, sem rodeios nenhuns. Como se de máquinas nos tratássemos, tudo mecânico e sem mel, numa perversão do amor ou total ausência dele e de química, só física e atracção.
Gosto das nuances da sedução, das subtilezas das entrelinhas, dos olhares. Gosto das coisas à antiga. Da segurança no gesto e na atitude, da certeza do que se quer. Com classe.
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