A frase que serve de título a este post é tão repetida por mim e pela Mana que já não sei de quem foi a autoria de uma de nós foi!. Refere-se ao exagero de imprevisibilidade com que os nossos quotidianos são banhados e creio ter nascido numa semana em que todos os dias foram marcados por um acontecimento insólito que nos deixou boquiabertas - insólito e exagerado, inexplicável e surpreendente.
Volta e meia, dou por mim a vociferar que a minha vida é um aglomerado de acontecimentos aleatórios porque tenho sentido que o Universo me quer ensinar à força que não vale a pena planear.
Como se me quisesse obrigar a abolir verbos do meu vocabulário: idealizar, depreender, imaginar, ponderar, especular, presumir, esquematizar e tantos outros que impliquem qualquer tipo de previsão.
Sempre que julgo ter uma expectativa racional, uma suposição séria e bem fundamentada, uma conjectura plausível, a Vida decide mostrar-me que sou um ínfimo grão de areia num deserto e que não devia armar-me em Nostradamus quando o assunto me diz respeito.
Se por um lado, existem muitas surpresas boas, por outro, para uma control freak como eu, esta instabilidade pode dar comigo em louca.
Comecei o fim-de-semana com novas certezas. Terminei-o abrindo mão delas e sem saber onde vou parar. Acho que a sacana da Vida me ganha pelo cansaço: vou deixá-la levar-me.
Um destes dias dizia alguém no programa da manhã da Rádio Comercial que não adianta fazer grandes planos e ter muitas certezas, porque se é verdade que uma parte da nossa vida é pautada por decisões que tomamos, uma parte ainda maior é decidida de forma aleatória. Quantas vezes não damos por nós a sermos literalmente empurrados para situações completamente inesperadas e caminhos que nunca imaginávamos percorrer...
ResponderEliminarNa verdade não temos controlo sobre absolutamente nada.
Eu já aprendi isso há muito tempo. E da pior forma. Primeiro quando o meu pai faleceu, era eu ainda muito jovem, depois quando efetivei numa escola a 200km de casa porque a legislação da altura me obrigava a concorrer de uma determinada forma e não tinha alternativa, e por último há duas semanas quando perdi, inesperadamente, mais uma grande referência na minha vida.
Um grande beijinho, Isabel. :*
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