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quarta-feira, 22 de julho de 2015

sem lugar

Na Igreja, pecadora. No mundo, uma santa.
Para os betinhos, louca. Entre os loucos, deslocada.
Demasiado profunda para os fúteis. Demasiado fútil para os intelectuais.
Muito formal para a média. Muito descontraída na formalidade.
Tão africana na Europa. Tão portuguesa em Angola.
Nem gorda, nem magra.
Nem baixa, nem alta.
Nem preta, nem branca.
Nem loura, nem morena.


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