sábado, 30 de julho de 2011

Dia 30

O teu verniz preferido

Na cor Rouge Diva.

Parabéns, lamparina!

No mês em que a sua autora comemora mais um ano de vida, o lamparina completa 365 dias de existência. Mais que um escape, uma diversão. Mais que um rol de tristezas, ser e acompanhar o fio condutor de todas as esperanças. Mais que palavras, sentimentos.

Obrigada a todos os que seguem, obrigada a todos os que lêem. Foi um grande primeiro ano.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

É Bodo.

Doutzen Kroes
O Bodo é a festa cá da terrinha. É o máximo: comem-se farturas (eu não), bebem-se finos (poucos) e desfila-se rua acima e rua abaixo, parando de dois em dois minutos para cumprimentar quem não vimos desde o ano passado. Há algodão doce, carrosséis e concertos. Há as fantásticas barraquinhas de bugigangas.
Ontem estive adoentada e não estive no primeiro dia de Bodo. Cá em casa, ouvia a música, o barulho, os sons dos carrosséis. Hoje espero conseguir ir.
Porque o Bodo é giro, mesmo sendo sempre mais do mesmo. Mesmo não estando cá toda a gente que devia estar.

Dia 29

Uma foto mimosa


(Mais mimoso que algodão doce? Não estou a ver.)

Bom fim-de-semana!

Lily Donaldson
"Simplicidade é a sofisticação máxima."


Leonardo da Vinci



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Argh. Náusea.

Daisy Lowe
A Amy morreu e as pessoas andam doidas para dar cabo dos stocks de cd's da Fnac. E dizem coisas como: "De todos os álbuns dela, este último era o melhor. Os outros não eram tão bons", quando ela só lançou dois. A Amy morreu e já são todos fãs. Estão todos tristes. Antes era só a Amy Adegas, um mote para uma piada brejeira, uma catástrofe andante.
Ai credo, é mesmo à povo, quando há desgraça, querem todos ir cheirar.
Também foi assim com o Michael Jackson.
Recentemente, também foi assim com o Angélico. Ninguém queria saber do rapaz até ele morrer e depois os cd's voltam ao topo de vendas. E surgem "fãs" em directo no telejornal, criando momentos confrangedores a quem entrevista e a quem, como eu, assistia:
Repórter: - Então, acompanhou a carreira do Angélico?
Senhora com cartaz na mão: - Sim, sim. Ontem estive no velório e hoje vim para o cemitério.
(Quero acreditar que a senhora só não percebeu a questão colocada.)
Enfim, era só para despejar o meu mau humor. Irrita-me esse súbito interesse mórbido. Acho foleiro.

Gosto muito.


Uterqüe

Alexander McQueen. Aqui.

Hoje estamos assim...

...nas mãozinhas.
...nos pés.

da Reciprocidade.

Justin Timberlake and MilaKunis
Às vezes não percebo isto de duas pessoas gostarem uma da outra. Não percebo a magia da reciprocidade. É estranho que possa ter a sorte de ser amada pela pessoa que amo. É um tiro certeiro, um tiro no escuro. Somos tantos no planeta, como se explica a tamanha coincidência de se ser correspondido? Não seria mais natural que andássemos todos desencontrados, amando sozinhos sem qualquer probabilidade de retorno? Como na música dos Ondachoc, lembram-se?
Às vezes não percebo isto de duas pessoas gostarem uma da outra, principalmente quando a outra sou eu. Espero sentir-me sempre assim. Enquanto me surpreender que ele goste de mim, cuidarei de nós. Porque terei medo que ele goste de outra pessoa, mais parecida com ele, com mais piada que eu, mais bonita que eu.
E o que tem mais graça é ele não fazer ideia de como me surpreende isto da reciprocidade entre nós.

Dia 28

A tua bebida preferida


Indubitavelmente. Só depois vem o Martini, o Moscatel ou o Ginger Ale.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vale mesmo a pena ver.

São todos lindos. E são todos daqui. Uma marca portuguesa, concerteza!

É uma necessidade vital.

Natalie and Scarlett
Rir e chorar.
Com ela.
Ouvir e falar.
De mim, dela. De nós.
Dos medos, da ansiedade, das incertezas.
Dos marcos recentes e das marcas antigas.
Do que já foi e do que há-de ser.
Do que ainda não veio e do que está quase a chegar.
Rir e chorar.
Com ela.

Dia 27

O teu produto de cuidado de pele preferido


Depois de aplicar os três passos, adoro a textura suave e os resultados imediatos.
Como tenho papinhos nos olhos, este é o meu produto-estrela. Parece magia. Mesmo.

dica.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ora a wishlist...

O melhor namorado do mundo ofereceu o Nixon prateadinho.

  
 
Os melhores sogros do mundo ofereceram as havaianas à menina.

Os melhores amigos do mundo ofereceram os Komono Coco.

Os melhores pais do mundo ofereceram um salão de cabeleireiro privado.
E houve muitos miminhos não mencionados na wishlist deste ano que adorei. Não há como não ser vaidosa e mimada. Depois não se queixem.

Winehouse

Amy
"- Mana, a Amy morreu!", disse ela do outro lado do telemóvel.
Não quis acreditar - já não era a primeira vez que a falsa notícia me chegava aos ouvidos. Abri o portátil e confirmei a notícia imediatamente.
Irónico, fez jus ao nome e ao tema que a colocou nas bocas do mundo.
Deixou-me as letras das músicas que canto em coro com a voz forte e marcante que já descreveu episódios que vivi. Deixou-me o quente revivalismo fresco de décadas antigas.
Não a pude ver ao vivo e fico mesmo triste por saber que isso não poderá acontecer.
Sim, eu sei que os atentados também são notícia. Mas essas mortes anónimas merecem apenas o meu pesar silencioso, a minha compaixão para com as famílias e a revolta calada de quem se sabe impotente perante a loucura alheia.
A Amy era o meu despertador, a companhia sempre presente no iPod e as cantorias solitárias ao volante.
Se era previsível? Claro que sim. Mas também era evitável. E eu não acredito em casos perdidos. Talvez seja ingénua, mas tinha esperança que desse a volta por cima.
Tenho pena que o legado não seja maior e que os anos de vida tenham sido apenas 27.

dos Lugares.

Ana Beatriz Barros
Há lugares onde estive, que de tão negros, me escureceram por dentro. Lugares em que não há espaço para o sono. Lugares ainda húmidos das lágrimas que por lá ficaram. Surdos, dos gemidos soltos pelo desespero. Magoados, pelas dores que lá se expiaram.
Há lugares onde estive, a que não quero voltar. São caminhos tortuosos que se percorrem a passo lento e pesado, funestos e doentios.
Nesses lugares, os olhos perdem-se num vazio imenso até onde chega a imensidão. E o vazio é a única ração que nos alimenta. Definhamos, prostrados. As mãos na cabeça e os joelhos no chão.
Nesses lugares sombrios, há uma força macabra que nos suga a Vida. E era ela, a Vida, que nos faria sair dali. Aos poucos, perde-se o brilho do olhar e o espontâneo cantar do riso.
Quando a dor já não se aguenta na alma, o corpo sofre esse sofrimento. Ferido, cortado, dorido. Talvez a dor física atenue o aperto cá dentro. Mentira. O sufoco aumenta.
Nesses lugares, os melhores dias são aqueles em que nada sentimos. A anestesia é o único escape para uma jornada de pranto.
Não quero voltar aos lugares de que vos falo. São lugares assombrados pela insanidade, que há uma ténue linha que divide a saúde mental da completa loucura.
Conversava com ele sobre o choro e lembrei-me de tudo isto. Senti, num breve momento de reminiscência, essas dores que viviam cá dentro. E esse peso assustou-me tanto que tive que lhe tocar para ter a certeza de que estou viva, cheia de Vida, sorvendo os dias com a garra de quem se sabe no caminho certo, de lamparina na mão e sem medo dos lobos.

Já alguém provou?

Eu ainda não vi à venda, mas estou curiosa há imenso tempo. Chama-se Sunlover e é apresentada como sendo a primeira bebida cosmética do mundo... porque pertence ao segmento da nutri-cosmética e promete hidratar e acelerar o bronze. Dizem que é comercializada em esplanadas, spas, hotéis e ginásios. Já provaram? Sabe a quê? É bom?

Dia 25

O teu item de maquilhagem indispensável


A máscara de pestanas.

Just in case.

sábado, 23 de julho de 2011

Amanhã faço anos.

Pequena Menina Lamparina
Quando era miúda, este dia era tão ansiado que tinha honras de ser assinalado em todos os calendários da casa. Na porta do meu quarto, por norma, figurava um em que os dias iam sendo riscados à medida que os atravessava. Assim era também no Natal. Não só por saber que ia receber presentes, mas também porque eram dias de festa, com um cheiro diferente a ser exalado pelas paredes da casa. Tinha cheiros para tudo, um dia escreverei sobre o assunto. Bom, o cheiro dos dias de festa estava sempre associado a uma certa comoção, que a emotividade nostálgica e a lágrima melancólica sempre andaram de mãos dadas pelo meu sistema circulatório. Deve ser do coração, que por se julgar tão importante, tenta apoderar-se de todo o corpo que o encarcera.
Recordo o sorriso vaidoso de quem se sentia bonita por estrear um vestido novo, comprado de propósito para a festa que protagonizava. (Há coisas que nunca mudam.)
Recordo o entusiasmo aplicado à decoração da sala, com tiras de papel crepe cor-de-rosa que os meus pais prendiam pelo tecto, balões por todo o lado e, claro, o serviço inteiro de louça de plástico do meu boneco preferido do momento sobre a mesa.
Lembro-me de escolher cada um dos meus bolos de aniversário: "Este ano, quero a Mônica!".
E lembro-me da minha vó, que por não querer ver enciumada, ia abraçar nos intervalos das brincadeiras com os outros meninos.
Sabem, vou fazer 26 anos. Daqui a quatro, tenho trinta. Sempre me imaginei noutro contexto. Essa menina de que vos falei sonhou ser estilista, por adorar roupa, acessórios, moda e tecidos. Quis ser taxista, por saber que iria adorar conduzir. Mas acima de tudo, quis ser escritora. E mãe. Mulher. Adulta. Queria que tudo acontecesse como sonhava, porque não faria sentido de outra maneira. Nunca se imaginou fisicamente mais velha, mas sabia que ia ser diferente de toda a gente, porque isso sempre tinha sentido e há coisas que, como já por aqui escrevi, não mudam. Nunca se imaginou psicologicamente mais velha, que a maturidade só lhe traria pragmacia, cautela, sensatez, defesas e sentido prático e tudo isso só abranda o trato, não altera o ser. Mas imaginava-se noutro contexto. Não me entendam mal: sou feliz. Nessa altura, não sonhava ter uma irmã cujo abraço é o meu fôlego - foi uma das maiores surpresas com que a Vida me presenteou. Nem sonhava ter a mão cheia de amigos que tanto amo. Sabia apenas da chegada do meu Amor, por quem sempre esperei, bem como da constante presença dos meus pais - também ela imutável. Tinha já alicerçadas as relações familiares que mais prezo e pelas quais sou grata. Não esperava divertir-me tanto, mas esperava ter muito mais. Falo de coisas que na altura eram simples, tão simples... a Barbie tinha uma casa, a Polly Pocket também, eu teria a minha o quanto antes. Se elas tinham carros descapotáveis cor-de-rosa, também eu o viria a ter quando pudesse conduzir. Enfim, a instabilidade não é agradável e não me deixa sorver os segundos com todo o prazer que merecem, que a degustação forçada não é deleite para alma nenhuma.
Amanhã faço 26 anos e é a primeira vez que não me apetece inaugurar uma nova idade. Deveria completar 23, para poupar três anos. O que faria com eles? Tudo aquilo que já deveria ter feito, sem medos.
Quanto à menina de que vos falava, é a mesma que vos escreve. É a Menina Lamparina, que já o era antes de o saber. A diferença é que agora ela está mais longe do início, mais perto de descobrir a razão para ter nascido.

Dia 23

O lugar onde gostavas de viver


Upper East Side, Manhattan, NY.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

go.

Joaninha,

Drew Barrymore
não me esqueci de postar o meu novo look. Na verdade, estava à espera de ter um momento de epifania que me ajudasse a decidir se acabo com o Copacabana hairstyle ou não. Sinceramente, não me apetece. Tenho a sensação de que ao tornar a cor homogénea, vou estragar tudo. Sinto que está bom assim. Mas às vezes irrito-me. Pronto, isto tudo para dizer que estava a ver se ia dar mais um passo na mudança ou não, antes de partilhar o novo haircut. E acho que não. Para a semana, mostro tudo.

Esta semana foi dedicada aos sonhos parvos.


Amália
 Ontem, estava numa mesa de café, rodeada pelos amigos de sempre. Ela entrou e eu não conseguia parar de cantar "Amáááália" de cada vez que ela passava pela minha mesa. E ela andava por ali, para trás e para a frente, ia e vinha, passava e voltava a passar. E de todas as vezes, eu gritava o nome dela, naquele gemido fadista que tentei reproduzir ali em cima. Bom, às tantas já recebia avisos dos meus amigos, que viam o seu olhar cortante (por detrás dos característicos óculos de sol). A coisa repetiu-se inúmeras vezes e acordei. Fim.

Dia 22

O que é que te faz feliz?


A certeza de que sou abençoada por um Deus que me ama tanto. Ser quem sou, ter a família que tenho, o Amor com que fui presenteada. Faz-me feliz ter consciência da sorte que é ter um tecto e uma mesa farta. Faz-me feliz a fracção de segundo em que aprecio o tropeço desajeitado de um pardal ou a papoila que teima em balançar com o vento. A felicidade da Adda, a minha cadela, contagia-me. A simplicidade faz-me feliz, tal como a escrita. Faz-me feliz dar as mãos ao meu Amor, faz-me feliz o abraço da Mana Lamparina. Fico feliz se chegar a casa e ela estiver acordada. Faz-me feliz uma viagem de carro sozinha, em que possa desfrutar de uma paisagem bonita. Sou feliz quando vejo o mundo com o olhar de uma criança, como se tudo fosse novo. Cantar faz-me feliz. Ouvir música também. Um concerto, um bom filme. Sou feliz e não sou muito exigente.

Bom fim-de-semana!

Coco Rocha
"Eu não creio que Deus se importe com o sítio onde nos licenciamos e com o que fizemos para ganhar a vida. Deus quer saber quem nós somos. Descobrir isso é o trabalho da alma - é o nosso verdadeiro trabalho da vida. "


Bernie Siegel



Wishlist #8

Qualquer cor que não rosa, sim?