Brigitte Bardot |
Deixo-vos a versão alargada do texto que publiquei:
É
um privilégio escrever-vos na primeira pessoa, tal como é uma honra
trazer-vos para as páginas deste jornal aquilo que vivo. Como me
dizem tantas vezes, a minha profissão é contar histórias. Mais que
isso, a minha profissão é viver aprendendo, todos os dias. Aprendo
com uma ida a uma festa de aldeia em que alguém tem paciência para
me contar dos costumes centenários. Aprendo com os artigos de fundo
em que me é permitida uma liberdade ímpar, com a generosidade do
povo pombalense, daqueles que não querem aparecer mas que movem
montanhas para proporcionar uma habitação digna ao vizinho que
atravessa um momento difícil. Aprendo com a simplicidade tão
comovente como humilde daqueles que se sentem gratos por ter um
jornal que é mais de quem o lê do que de quem o faz. Aprendo com os
emigrantes que aproveitam a vinda à terra para renovar a assinatura
- sempre é uma maneira de matar saudades. E aprendo todos os dias
com a elevação de quem não se deixa abater, por mais fortes que
soprem os ventos, e segue ao leme deste barco sem perder tempo com o
que não interessa.
Sem
que me apercebesse, passou um ano. Foi um início difícil, um
arranque trabalhoso, em que se destacou a vontade de um homem tão
louco como corajoso. Foi ele que nos arrastou até aqui. E mesmo
tendo sido apenas há um ano, aconteceram tantas coisas que me é
impossível olhar para trás e não me comover.
Contra
todos os que não fazendo melhor, não se coibiram de apontar o dedo,
contra todos os rumores fomentados por quem não tinha certamente
nada nem ninguém por quem zelar, firmámo-nos. E com um certo
estilo, deixem-me que vos diga. Nada seria possível sem a ajuda dos
nossos leitores e anunciantes, dos que confiaram em nós ainda antes
de verem o produto final materializado.
Um
ano, 25 edições, três sedes diferentes. Hoje somos uma equipa que
se desenrasca com os meios que tem à mão para dar informação. Sem
alarmismos nem dramas à la esquerda, sem lambe-botice à direita que
está no poder, mas com isenção e seriedade. Não fazemos favores
nem oferecemos propaganda e acima de tudo, lembramo-nos de quem são
os nossos leitores.
Comecei
apenas com o intuito de ajudar, mas não demorou muito até que
vestisse a camisola e me orgulhasse do trabalho feito, em conjunto, a
cada edição. Se por um lado a imprensa regional não é novidade
para mim, que me estreei nestas andanças por volta de 2009, por
outro, sou diferente da menina que começou por trabalhar à peça no
já extinto O Correio de Pombal. A experiência traz segurança e a
formação académica acaba por justificá-la. E se ali trabalhei com
uma equipa maravilhosa, agora trabalho num lugar onde o meu patrão e
a minha directora, que odeia que eu a chame de patroa, são pessoas
que tenho como amigos. O ambiente é muito bom quando trabalhamos com
pessoas de quem gostamos e não para um chulo qualquer.
O Pombal Jornal completa hoje um ano de existência e eu estou muito orgulhosa deste projecto. Nasceu de uma pessoa sozinha e hoje tem milhares de assinantes, mais de mil seguidores no facebook e inaugurou recentemente o seu site.
Parabéns,
Pombal Jornal. E parabéns, patrõezinhos.
1 comentário:
Ps: "Vejam na ediçao papel a minha foto linda" Gostei :)
Enviar um comentário