sexta-feira, 30 de agosto de 2013

tretas.

A vida segue. A vida continua. É mesmo assim, não há alternativa. Uns choram, outros riem, há quem apanhe bebedeiras para esquecer a triste realidade e arranjar histórias para se entreter, há quem durma, quem leia, quem engula séries como se não houvesse amanhã, quem mande bitaites nas redes sociais. Eu paro. Preciso de parar, mesmo que o caudal da vida siga em frente, furioso, violento, veloz. Eu paro. Penso. Pensar caiu em desuso, toda a gente diz «não penses nisso», toda a gente sabe que pensar dá trabalho e que a ignorância nos aproxima mais da felicidade, mas eu fui educada assim e nestas coisas da educação não dá para mexer. É-se assim. Faz-se assim. Questiono tudo, vejo tudo, remexo tudo. Penso. E penso até ter tudo pensado, sentido, chorado. Penso até não haver mais nada ali para pensar. Os outros seguiram, quando me levanto. Deles, não sei, mas o meu passo é seguro.

2 comentários:

Fiona disse...

Nem imaginas o quanto preciso de parar para seguir em frente com o passo seguro. Nem imaginas...

Ana Catarina disse...

És das minhas! :) também eu sou de parar quando necessário!