domingo, 26 de maio de 2013

Um Ano, ups, Dia Pela Vida.

Faz hoje um ano.
Faz hoje um ano que vivi um dia tão intenso como pesado, tão feliz como cansativo, um dos dias mais marcantes da minha vida.
Faz hoje um ano que estava num lugar totalmente diferente daquele em que estou.
Há um ano, neste preciso dia 26 de Maio, o cansaço da semana anterior, dos meses que lhe antecederam, culminou num turbilhão de emoções. Afinal era mesmo uma experiência.
Parece que foi ontem que entrei naquela sala no edifício da Biblioteca, para a minha primeira reunião. Não sabia o que ia fazer nem senti que aquele fosse lugar para mim. Não conhecia quase ninguém naquele grupo que se tornou no grupo de pessoas com quem convivi intensivamente durante metade do ano. Quando atravessei a sala cheia de pessoas e de conversas, dirigi-me à M., que me convidara para fazer parte de um projecto de voluntariado. Mal sabíamos no que nos íamos meter. Mal sabia no que me ia meter. Mal sabia que tanta coisa cá dentro mudaria. E ao lado dela estava a A., que conhecera antes, num contexto completamente diferente. Antes que pudesse perguntar em que poderia ser útil, fui apresentada a um senhor e a uma mulher mais jovem, que mais tarde vieram a ser o M. e a I., da Liga. E de cada vez que bebo um Compal e a embalagem me diz que ao bebê-lo ajudo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, é deles que me lembro.
Não quis ficar no pelouro do Entretenimento, que já tinha sido preenchido pela tia e pela AC. Então puseram-me na Tesouraria e eu aceitei, mesmo sendo uma nulidade com números mulher de letras. O N., que tinha fugido do dinheiro, acabou por ter que me ajudar mesmo contra a sua vontade. E com ele a R. e a M., pilares do meu trabalho, e fomos o quarteto fantástico. Tivemos reuniões, muitas reuniões. E muitas opiniões, que quando se junta muita mulher muita gente, já se sabe como é. Uma variedade enorme de personalidades bem vincadas, muita vontade de trabalhar e muito trabalho feito. De repente, já não sabia viver sem aquilo, sabem? Sem a salinha (o nome que demos à sede), sem os meus meninos do quarteto, sem os lanches, os jantares, sem as conversas, os risos e sem aquelas pessoas que me prenderam a elas sem querer. Pombal impressionou-me, fiquei orgulhosa daquele pólo roxo horroroso e faz hoje um ano que culminámos o trabalho de meses num dia de encerramento que me fez rir, chorar e beber Red Bull como se não houvesse amanhã. Os nomes das pessoas que passaram a fazer parte da minha vida são tantos que não quero escrevê-los aqui. Uns, conheci. Outros, redescobri. Tantas equipas, tantos cartazes, tanta gente, tanta adesão, tanto dinheiro, tanta boa vontade. E tantos finos, que o dia foi longo. E passado um ano, ainda me falta um abraço.

Hoje corri as fotos na página de facebook criada para o UDPV Pombal. As actividades, os rostos, as histórias. E tive saudades. E apeteceu-me ligar a todos - para dizer o quê? Que tenho saudades, parabéns, obrigada.

"Não digas a Deus que tens um problema. Diz ao problema que tens um grande Deus."

1 comentário:

Paula Sofia Luz disse...

Às vezes, na vida, os abraços ficam pelo caminho. Algumas pessoas também. Outras crescem e multiplicam-se. Como tu <3