terça-feira, 2 de abril de 2013

Dia de dar sangue.

E depois da felicidade que é aquele momento em que nos sentimos realmente satisfeitos por ter feito a boa acção do dia, o que recebemos em troca? Não sabem? Eu explico: chegamos a casa depois de lanchar e sentimos o corpo a desfalecer. Sem força para nada, cheia de tonturas e sempre em vias de perder os sentidos, mal consegui tomar banho e lavar a juba. Tive que pedir à Mana Lamparina para me ajudar, porque não percebia o que se estava a passar comigo. Cheia de medo de desmaiar em plena banheira, porque já via e ouvia mal, tive que me ajoelhar. Enquanto me tirava a máscara do cabelo, a Mana dizia que naquela figura, eu parecia uma toxicodependente em recuperação: pálida, fraca e de penso na veia. Entretanto o pai chegou a casa e mediu-me a tensão arterial: 8/6.
Não sei o que se passou, nunca tive problemas em dar sangue, mas a verdade é que me deu o fanico com artigos por escrever e a juba por secar. Conclusão: são quase seis da manhã e só agora terminei o trabalho. Agora vou dormir (imenso), que amanhã tenho de estar na redacção por volta das dez e meia. A minha vida é maravilhosa. Mas não se deixem perturbar por este episódio, que dar sangue é bom - podemos salvar uma vida, mesmo que isso signifique ficar a escrever até esta hora.

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