quinta-feira, 7 de março de 2013

Imagem Única e Intransmissível.

Whitney Port
Há pouco tempo, confessei num post que só recentemente descobri o que quero ser quando for grande. Na verdade, já ando a definir a minha profissão de sonho há algum tempo. No separador a Menina, escrevi:

«Por um lado, sabia que a escrita era a minha vida. Por outro, sempre fui uma apaixonada pela Moda. Roupas, sapatos, acessórios, cabelos, maquilhagem. Essa paixão tatuou-se em mim quando a minha mãe decidiu abrir uma perfumaria especializada em artigos de luxo (bijuteria, lingerie, malas, luvas, chapéus...). Tive total liberdade para a decorar, elaborar montras e escolher os produtos a comercializar no espaço.
Quis ser modelo, mas o meu corpo não abonava a favor dessa pretensão. Quis então ser designer, mas quando me disseram que teria de saber coser, desisti. Paralelamente, dizia desde a primária que um dia seria jornalista. A Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra foi o caminho, que Londres era demasiado longe dos pais e da Mana Lamparina, o amor da minha vida. A profecia cumpriu-se. Fui jornalista num jornal regional enquanto terminava as últimas cadeiras. Assim que me libertar de outros compromissos, abrirei as asas para unir tudo num só projecto.»
Unir tudo num só projecto seria escrever para mulheres numa revista, por exemplo. E para isso, não me importava nada de fazer uma formação à séria em Consultoria de Imagem, porque uniria o útil ao agradável: aprenderia a aplicar a partir de conhecimentos teóricos o meu bom gosto e o meu bom senso e ainda incrementava o meu currículo, criando mais opções a nível profissional.
Desde pequena que sempre que conheço alguém, dou por mim a imaginar se determinado tom de cabelo não lhe cairia melhor, analiso cada erro e cada aposta acertada no que usa. No fundo, assumo o papel de consultora de imagem das minhas amigas, familiares e até de algumas conhecidas. Sabem como é: o boca-a-boca existe, funciona e quando dou por mim, estou a acompanhar alguém com quem nem tenho grande confiança numa tarde de shopping ou numa ida ao cabeleireiro.
O mais interessante não são as roupas que se vestem ou a maquilhagem que se aplica, mas a mudança interior que vemos acontecer perante o nosso olhar. A confiança que sai melhorada, a atitude mais positiva, a sensação de conforto em ser quem se é.
A vida não melhora por usarmos um vestido novo, mas a nossa postura pode ser radicalmente alterada se nos sentirmos bem na nossa pele. E isso sim, pode transformar muita coisa. A imagem que passamos a ter a nosso respeito é aquela com que nos apresentamos ao mundo - e não me venham com a treta de que o interior é que conta, porque na primeira impressão ninguém sabe como sou profunda, sensível, em que livros me perco ou como toco piano tão bem desde os quatro anos. What you see is what you get e ninguém quer ser confundido com uma preguiçosona desleixada nem com alguém que não se esforça o suficiente. Os outros julgam-nos e por mais que não queiramos saber do que pensam sobre nós, a verdade é que vivemos em sociedade, temos uma imagem pública e podemos controlá-la. E isso pode fazer-nos somar muitos pontos, tanto a nível pessoal como profissional.
A ideia não é que nos mascaremos nem tornar-nos numa massa homogénea: é reflectir toda a nossa personalidade, com todas as suas particularidades, de um modo favorecedor, através do nosso estilo pessoal. Único e intransmissível.

1 comentário:

Unknown disse...

Identifico-me totalmente!!! Eu não diria melhor :)
http://danger-of-high-heels-09.blogspot.com

Kiss, Raquel C.