quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pombal Jornal

Olivia Palermo
Ao telefone, o Paulo contou-me por alto que ideias tinha para um novo projecto jornalístico aqui na cidade. Muito simples e sem riscos financeiros, achei genial que houvesse ainda alguém como ele, com vontade de fazer alguma coisa em concreto desde a morte do único jornal pombalense. O Paulo era Director Executivo n'O Correio de Pombal, pelo que já tínhamos trabalhado juntos. Como tal, claro que não lhe negaria o meu apoio. Numa fase em que ainda não me dediquei à tarefa de enviar currículos e decidir por onde quero começar a construir o meu caminho rumo ao sonho, pareceu-me uma excelente forma de ir ocupando o tempo livre. E assim foi: acabei o curso e prontifiquei-me a ajudar no que me fosse possível.
Choveram críticas ainda antes da primeira edição sair às ruas, que aqui na província toda a gente sente a falta de tudo mas ai de quem se chegar à frente para o fazer. Foi assim quando se soube quem tinha comprado O Eco, outro jornal extinto há alguns anos, não poderia ser diferente quando surgisse um outro qualquer. E depois é como quando se assiste a um jogo de futebol: todos fariam melhor, todos saberiam mais, todos marcariam o golo. A verdade é que criticar é bem mais fácil que estar a jeito de ser alvo da mesma maledicência.
Com mais ou menos dificuldades, o jornal saiu ontem. É o número 0 de um produto que se pretende melhorar e fazer crescer. Trata-se, para já, de uma publicação mensal que foi pensada para que saísse tal e qual como saiu. Do meu ponto de vista, o primeiro número é a afirmação do que se quer fazer. E o que aquela edição me diz é que se informará e que se dará espaço à colaboração de quem queira participar.
Nascer do nada não é tão fácil como trabalhar numa empresa com nome (bom ou mau), mas permite toda uma liberdade que me agrada particularmente. E apesar de não pretender fazer carreira a nível regional, porque não sou dotada daquele dom da curiosidade por tudo o que não tem interesse, fico feliz com o nascimento do Pombal Jornal. Nem todas as minhas preocupações académicas foram atendidas, mas destaco principalmente a vontade de trabalhar que vi em toda a equipa. É por tudo isto que desvalorizo certas questões levantadas, que não passam de especulações. Sejamos francos: ninguém se mete num negócio sem ter algo a ganhar com ele. É óbvio que há perspectivas financeiras e é também óbvio que uma empresa tem metas a atingir. Mas mais óbvio ainda é que Pombal precisava de um jornal. Ou dois. Ou três. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Têm na equipa um editor de fotografia/fotografo? Ainda nao tive o prazer de ler a primeira edicao.